Convocados pelas centrais sindicais, movimentos popular e estudantil, cerca de cinco mil pessoas compareceram à frente do prédio da Petrobrás, na av. Paulista, para uma manifestação em defesa da soberania nacional e do domínio sobre as riquezas do pré-sal. A concentração serviu também como oportunidade para os manifestantes protestarem contra a CPI da Petrobrás, criada por senadores do PSDB e do Dem com o objetivo de denegrir a imagem da estatal e em benefício dos interesses do conhecido cartel das sete irmãs.
Atualmente, a regra para a exploração do petróleo se baseia na lei instituída no governo FHC, a nº 9.478/97. Esta lei acabou com o monopólio estatal, prevendo leilão para a exploração dos poços encontrados. A maioria do petróleo descoberto no país é fruto de pesquisa, investimento e dedicação da estatal brasileira. Segundo o presidente do Sindpd e CGTB, Antonio Neto, esse recurso natural deve ser do povo brasileiro, por meio do monopólio da Petrobrás. “Nós temos – além de um compromisso com o nosso país – uma dívida com nossos pais e avós, que antes mesmo de qualquer cidadão sonhar com a existência de Petróleo em nosso solo, lançaram uma campanha que rasgou as ruas do país pela criação da Petrobrás e para que o lucro da exploração do ouro negro fosse revertido em nosso benefício”, comentou Neto.
Em nota, a CGTB alertou sobre as grandes possibilidades que surgirão com a camada pré-sal sendo entregue ao povo brasileiro. “As projeções indicam que as reservas do pré-sal podem chegar a 300 bilhões de barris. Uma riqueza, a preços de hoje, no valor de 21 trilhões de dólares. (…) O petróleo do pré-sal é de muito melhor qualidade. A Petrobrás furou onze poços e encontrou petróleo nos onze”, explica a nota da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil.
Além da CGTB, compareceram à Av. Paulista para a manifestação: as outras cinco centrais sindicais, assim como jovens do movimento estudantil, deputados, e dezenas de sindicatos acompanhados dos trabalhadores da categoria.
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