Manifestações, assembléias e protestos foram realizados em diversas partes do país neste dia 14 de agosto. Pelo menos em 12 estados, milhares de trabalhadores tomaram as ruas do país para lutarem pela defesa do pré-sal, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, redução das taxas de juros, por emprego e melhores salários, pela manutenção e ampliação dos direitos dos trabalhos e contra a crise e as demissões.
A maior manifestação aconteceu em São Paulo, na Avenida Paulista. Os trabalhadores se concentraram no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp), após caminhada de uma hora a partir da Praça Oswaldo Cruz, no início da Avenida Paulista, região central de São Paulo.
Convocados pelas seis centrais sindicais e pelos movimentos sociais, os manifestantes ergueram as bandeiras em busca de melhores condições de trabalho e pela defesa do monopólio da Petrobrás. Com cartazes pedindo a reedição da lei nº 2004/53, lei que instituiu a Petrobrás como a única exploradora de petróleo, e que foi abolida pelo governo FHC, os manifestantes da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) reivindicaram o monopólio da estatal brasileira sobre essa nova fonte de petróleo: a camada pré-sal.
“É imoral, injusto e contrário aos interesses nacionais permitir que as empresas estrangeiras se aboletem sobre o petróleo descoberto pela estatal brasileira, essa sim uma empresa de verdade e não uma agência. O sistema de partilha pode ser implementado com a Petrobrás, sendo ela a exploradora exclusiva deste mar de petróleo”, destacou Antonio Neto, presidente do Sindpd e da CGTB.
Essas manifestações foram mais uma das ações unificadas das seis centrais sindicais, que mobilizaram os trabalhadores para reivindicar relações de trabalhos mais justas, ao mesmo tempo em que lutam por questões do interesse do povo brasileiro. “Mais uma vez as centrais sindicais saíram unidas às ruas. Nossa unidade será fundamental para conquistarmos a redução da jornada de trabalho. Nunca estivemos tão perto e esta conquista depende muito da nossa mobilização”, comentou Neto.
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