O Ministério do Trabalho e Emprego apresentou, na última semana, o balanço de empregos do mês de setembro. Segundo os dados do Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – a diferença entre admissões e demissões deu um saldo positivo de 252.617 mil novos postos de trabalhos formais. Ou seja, 1.491.580 trabalhadores foram admitidos em setembro, enquanto o número de demissões foi de 1.238.963.
Esse foi o oitavo mês consecutivo com saldo positivo da geração de empregos com carteira assinada, sendo que o mês de setembro foi o que apresentou a maior alta entre estes meses. “Os Estados Unidos estão comemorando o número baixo de demissões. Eu acredito que vamos superar mais de 1,1 milhão de vagas. Mas ainda não é estatística”, opinou o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.
No primeiro semestre, ainda num período agudo da crise internacional, Carlos Lupi apostou na recuperação do País e prometeu a geração de 1 milhão de postos de trabalhos com carteira assinada. No acumulado do ano, o saldo líquido de criação de vagas é de 932.651, alta de 2,92% sobre o mesmo período do ano passado. “Os pessimistas vão ter que se conformar. Vou me vingar até dezembro”, afirmou o ministro.
A geração de empregos em oito meses consecutivos é o reflexo da boa recuperação da economia brasileira em frente à crise internacional. Segundo a Carta de Conjuntura apresentada pelo Ipea – Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, com o crescimento já no segundo trimestre de 2009, a economia saiu da classificação técnica de uma recessão – dois trimestres de crescimento negativo, no caso, o último trimestre de 2008 e primeiro trimestre de 2009. Agora o País se encontra numa posição mais confortável de acordo com o período econômico global. “A economia brasileira atravessa um período de absoluta tranquilidade em vista da dimensão da crise internacional”, definiu o pesquisador do Ipea Roberto Messenberg.
Por setor, os destaques ficaram com a indústria e os serviços, nos quais foram os setores que mais geraram trabalhos com carteira assinada – 123,318 mil e 62,768 mil, respectivamente.
A regularidade do aumento do mercado de trabalho traz melhores expectativas para o crescimento do País, já que o aumento de postos de trabalho é reflexo de uma economia saudável e pulsante. “Ouso afirmar que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) seja de mais de 3% no terceiro trimestre. Para o ano, continuo afirmando 2%. Estou falando sozinho, mas cada vez vejo revisão (das projeções)”, dispara Lupi.
O ministro ainda projetou a manutenção da geração de empregos em outubro, um mês que geralmente apresenta queda no número de postos de trabalho. “Apesar de outubro, normalmente, ter uma redução de empregos, este ano deveremos ter uma boa surpresa por causa da forte retração que a economia sofreu no início do primeiro semestre”, disse.
Segundo Lupi, o ritmo crescente de criação de postos de trabalho deve continuar. “O Brasil é mais forte que todos. Os pessimistas vão ter de ter paciência. Estamos em ritmo de recuperação forte.”
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