Em comemoração ao dia mundial da alimentação, a ONG – organização não-governamental – Action AID, que trabalha em mais de 40 países no combate à pobreza, divulgou um estudo que aponta o Brasil como líder no combate à fome entre os países em desenvolvimento. O governo brasileiro demonstra “o que pode ser atingido quando o Estado tem recursos e boa vontade para combater a fome”, segundo o documento divulgado.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu reduzir em 73% o número de crianças mal alimentadas, graças à criação de bancos de alimentos, cozinhas comunitárias e da ajuda aos pequenos agricultores. “O Fome Zero lançou um pacote impressionante de políticas para lidar com a fome. O projeto atingiu mais de 44 milhões de brasileiros famintos”, relata trecho do documento da ActionAid.
Com essas medidas, o estudo Hunger Free (Sem Fome) concluiu que o Brasil conseguiu, em seis anos, reduzir a desnutrição infantil, após fazer uma análise de pesquisas sobre as políticas sociais contra a fome em governos de 50 países.
A China aparece em segundo lugar na tabela. A organização elogia os programas do país para auxiliar fazendeiros pobres e sua “relativamente igualitária distribuição de terras”. Atualmente, menos de 9% dos chineses passam fome. Já na lista dos países desenvolvidos, quem ficou à frente no esforço global foi Luxemburgo, seguido pela Finlândia, Irlanda e Noruega.
O documento aponta ainda que a maioria dos países ricos vem descumprindo suas promessas de aumentar a ajuda alimentar e agrícola dada aos países pobres.
O relatório sugeriu ainda áreas da promoção social que o Brasil pode melhorar sua ação, como incluir os trabalhadores sem terra e pequenos agricultores nos programas de alimentação. “É imperativo que famílias em pequenas fazendas também estejam protegidas da expansão dos enormes programas industriais de biocombustíveis do Brasil”, diz o documento.
Além dos programas sociais do governo, a ONG ressaltou de programas que melhoram a condição de vida e a renda dos brasileiros e que foram fundamentais para colocar o Brasil na liderança do ranking, a exemplo do programa “Minha Casa, Minha vida” e do aumento do salário mínimo.
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