Em audiência com o governador de São Paulo, Alberto Goldman, na tarde desta quarta-feira (7), o presidente do SINDPD, Antonio Neto, solicitou a enérgica intervenção do governo do Estado para por fim na perseguição e nos atos antidemocráticos que estão sendo praticados pela direção da Prodesp contra os membros do Conselho de Representantes dos Empregados (CRE).
A última ação da direção da empresa, depois de tentar fechar o CRE e instaurar sindicância contra o ex-presidente do órgão, Cláudio Felipe Bernardo, ocorreu nesta semana, quando o mesmo foi demitido arbitrariamente, numa clara retaliação ao movimento realizado pelo sindicato e pelo CRE para que a empresa cumprisse a convenção coletiva da categoria.
Além de relatar a situação em que se encontra a empresa e o histórico de desmandos praticados pela direção da Prodesp nos últimos meses, Antonio Neto pediu a reintegração Cláudio Felipe Bernardo ao quadro da empresa, anulando a demissão sumária que ocorreu após uma sindicância arbitrária e sem direito à defesa.
No ofício entregue a Goldman, o presidente do SINDPD afirma que “desde que a categoria dos profissionais em tecnologia da informação conquistou reajuste salarial de 6%, em negociação de 9 de março, retroativo a 1º de janeiro, e que a PRODESP tornou público que não o aplicaria, situação que levou o Sindicato a se mobilizar junto aos empregados, a empresa desencadeou um processo de retaliação e perseguições sobre seu pessoal, atingindo o ponto nevrálgico da organização dos trabalhadores – o Conselho de Representantes de Empregados”.
Segue o texto: “Como o CRE se reuniu com o SINDPD para articular ações que viessem a demover a empresa de sua resistência ao reajuste, o RH em ato até de violência suspendeu sem justificativas os três diretores do Conselho, de 3 a 10 dias; ato contínuo, comunicou que o CRE estava extinto, o que contraria a Constituição Estadual. Diante de liminar obtida pelo Sindicato para o restabelecimento do CRE, a empresa, por seu RH, alterou o regulamento eleitoral, inserindo restrição a empregado que já tivesse sido suspenso – para atingir os dirigentes, que haviam acabado de sofrer a punição. Concomitantemente instaurou sindicância contra o então presidente do CRE, e selou a arbitrariedade com a dispensa, sob acusação de justa causa, do mesmo, sem que tivesse sido concluído a sindicância”.
“Diante destas atitudes, que denigrem a empresa e mancham a história democrática do Governo de São Paulo, contamos com sua valiosa interferência no sentido de cessar tais perseguições contra os empregados, especialmente os detentores de cargos de representação, bem como para a imediata reintegração do sr. Cláudio Felipe Bernardo, o dirigente do CRE arbitrariamente despedido”, conclui.
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