São Paulo, 3 de setembro de 2010 – Após receber das lideranças das centrais sindicais a Agenda da Classe Trabalhadora, o candidato ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, em entrevista para o Sindpd disse que o seu governo irá apostar na universalização da tecnologia da informação para melhorar os serviços públicos e democratizar a informação. Para o candidato, o principal desafio de um governante é justamente impulsionar o desenvolvimento econômico, social e ambiental para criar condições para democratizar o acesso à tecnologia e assim reduzir a desigualdade social. “O setor de TI tem papel fundamental para fomentar, ao lado do governo, um Modelo de Desenvolvimento Limpo – MDL, que incentive a cadeia produtiva limpa e sustentável”, revela Mercadante.
O ponto alto na análise de Mercadante é a necessidade de se identificar os principais setores que tenham densidade na área de tecnologia da informação e garantir, assim, maior articulação entre eles e os demais segmentos da economia e do serviço público. “É preciso promover a recuperação da infraestrutura econômica e social em sintonia com as necessidades do desenvolvimento. Essa articulação deve ser concebida, planejada e implantada a partir de uma concepção sistêmica e regionalizada”.
Aloizio Mercadante pretende aumentar os investimentos em educação de qualidade para ampliar e fortalecer a cidadania e a inclusão digital, formando as bases da sociedade do conhecimento. “Vamos formular políticas públicas que visem impulsionar pesquisas, inovações e, desta forma, promover maior adensamento das cadeias produtivas de setores com alta densidade tecnológica, que detêm participação expressiva na indústria paulista”.
Atualmente o estado dispõe de um amplo número de renomadas instituições de pesquisa, criadas ao longo dos últimos 130 anos, com destaque para as universidades e os institutos de pesquisas. Diante deste cenário, a recuperação desse patrimônio humano e material se torna imprescindível, desde que esteja em sintonia com o desenvolvimento tecnológico e de inovação. “As diretrizes para que isso ocorra são a revitalização e Integração dos Institutos de Pesquisas, centros universitários e áreas de pesquisa e desenvolvimento de empresas privadas de TI. Sendo que a prioridade absoluta será a de implantar banda larga, inclusão digital e novas tecnologias de informação eletrônica em todas as escolas públicas, na rede de saúde, na segurança, bem como nos demais serviços públicos oferecidos pelo estado e pelos municípios. E a criação de Sub-Secretaria para Inclusão Social para contemplar as novas visões de tecnologia: tecnologia apropriada, tecnologia social e desenvolvimento local. Incluindo as pró-reitorias de extensão das universidades públicas paulistas, que devem ter um papel ativo nas ações e projetos de inclusão social”.
Para Mercadante, apoiar o desenvolvimento de projetos de governo eletrônico nos municípios paulistas será peça-chave para alavancar projetos e implementar programas em TI. “A reestruturação da Secretaria de Ciência e Tecnologia passará a ter um papel de liderança na coordenação da política de ciência, tecnologia e inovação. Em paralelo, o desenvolvimento da tecnologia e a inovação nas empresas serão incentivados, gerando uma alternativa na formação de Grupos de Pesquisas nas empresas, com forte interação científica com a academia”. E conclui, “a primeira tarefa do nosso grupo será elaborar um Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação”.
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