A IDC Brasil realizou pelo quinto ano consecutivo o estudo IDC Brazil Financial Insights Investment, que tem como principal objetivo entender os investimentos feitos pelas instituições do setor financeiro em Tecnologia da Informação. Ao todo foram ouvidos 33 bancos grandes (de acordo com a lista dos dez maiores da FEBRABAN), médios e pequenos, e 29 seguradoras, entre os meses de junho e julho deste ano.
“Do ponto de vista do uso de tecnologia, a indústria financeira é, talvez, a mais importante entre todos os setores de negócios no Brasil. Em outras palavras, tecnologia é quase o ‘core business’ de muitas dessas instituições. Este último estudo revela que 61% das empresas investiram mais em TI neste ano e 31% mantiveram seus orçamentos iguais aos de 2009. Apenas 8% investiram menos”, declara Roberto Gutierrez, diretor de consultoria da IDC Brasil.
O estudo revela ainda que, para 2011, os investimentos devem continuar em alta. Das 62 empresas, 54% têm certeza ou têm claras intenções de que vão aplicar mais em TI do que em 2010, 42% afirmaram que os valores investidos deverão ser os mesmos deste ano e apenas 3% disseram que vão investir menos. “À primeira vista, parece que em 2011 o crescimento dos investimentos em TI será menor. Porém, o crescimento deste ano deve-se em parte a uma recuperação de 2009, que foi um pouco mais difícil devido à crise mundial. Ou seja, é impressionante ver que mais da metade das empresas ainda vai aumentar em 2011 seus orçamentos em relação a este ano, que já foi bastante bom”, disse o diretor da IDC.
O IDC Brazil Financial Insights Investment apontou também que para os bancos a prioridade é o aumento da eficiência operacional, enquanto que para as seguradoras é o aumento da receita. “Os gastos com tecnologia serão, principalmente, direcionados a estes dois temas. E o grande desafio enfrentado pelos CIOs ainda é a complexidade da arquitetura de tecnologia. Qualquer solução que os fornecedores puderem oferecer para minimizar isso, será bem recebido pelo mercado”, avalia Gutierrez.
O estudo da IDC abordou também assuntos como Terceirização e Cloud Computing. Os grandes bancos continuam não terceirizando os sistemas ‘core’, preferindo mantê-los sob seu controle. Por outro lado, há uma tendência de aumento da terceirização de funções de TI menos críticas, como a impressão departamental, por exemplo. Segundo o estudo, mais de 20% das instituições pretendem aumentar a terceirização dessa atividade. Já quando o assunto é Cloud, 52% das empresas não têm a nuvem no radar para investimentos em TI. “O setor ainda é bastante resistente, principalmente na questão de segurança. E as poucas iniciativas para esse segmento são de Cloud Privada”, finaliza Roberto Gutierrez.
Fonte: Cotidiano Digital
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