Por Antonio Neto, presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB)
A fusão das duas centrais foi realizada na última quarta, durante reunião em SP.
As centrais sindicais CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) e CSP (Central Sindical de Profissionais) comemoraram esta semana a unificação das duas centrais. Após o ato de fusão, realizado na última quarta-feira (10), iniciou-se o processo de incorporação dos sindicatos, que até dezembro deverá ser completado.
Na reunião que selou a unidade histórica, os dirigentes das entidades ressaltaram que a unificação impulsionará a luta dos trabalhadores por mais direitos e por um país mais justo e soberano.
“Essa fusão nos torna uma central diferenciada com todas as condições para influenciarmos nos rumos do país, porque hoje no Brasil todos os assuntos de relevância são discutidos com as Centrais Sindicais. Na História tivemos muitos momentos como esse, de companheiros que se juntaram na busca de um Brasil melhor. Vamos fazer uma grande unidade com todas as entidades sindicais”, disse o presidente da CGTB, Antonio Neto.
Para Luiz Sérgio Lopes, presidente da CSP, que se soma à CGTB com 175 sindicatos, as duas centrais são “nacionalistas, defensoras do Estado como promotor do desenvolvimento e do respeito aos direitos dos trabalhadores. Fizemos uma enquete e os nossos sócios aprovaram a fusão porque a CGTB é a Central que eles mais se identificaram. Agora vamos aprofundar essa integração na defesa do nacionalismo”.
FORÇAS NACIONALISTAS
A fusão foi formalizada na sede do Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Empregados de Empresas de Processamento de Dados do Estado de São Paulo), e contou com a presença dos dirigentes das duas centrais.
Conforme a CGTB, essa unidade “contempla mais de 500 sindicatos e cria um pólo aglutinador de forças nacionalistas do movimento sindical, com forte representatividade em categorias importantíssimas para o país, como engenheiros, administradores, contabilistas, odontólogos, médicos, estatísticos, técnicos industriais, químicos, servidores públicos, além das tradicionais que já integram a CGTB. Esses profissionais darão uma contribuição de muita qualidade para o engrandecimento desse país e para ajudar propondo soluções para os nossos problemas com aspectos técnicos, no segmento de saúde, engenharia, de gestão, de serviços e a nível internacional”.
A Central lembra ainda que a unidade do movimento sindical brasileiro, conquistada desde as Marchas a Brasília e os atos do 1º de Maio unificados, garantiu grandes vitórias como a política de valorização do salário mínimo, o reajuste para os aposentados que ganham acima do salário mínimo, a ratificação e a regulamentação da aplicação da Convenção 151 da OIT, entre outras.
UNIDADE
Os representantes das centrais ressaltam também que a unidade fortalecerá o movimento sindical, consolidando a Agenda da Classe Trabalhadora para um Projeto Nacional de Desenvolvimento, aprovada por mais de 25 mil dirigentes sindicais de todo o país na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, realizada em junho, no estádio do Pacaembu.
“A luta em defesa da soberania nacional, do patrimônio e da riqueza da nação; por um Estado forte; por uma educação e saúdes públicas de qualidade; por mais empregos; pela construção da cidadania; pela igualdade social; pelo desenvolvimento econômico sem exclusões sociais; pela liberdade e autonomia dos trabalhadores e trabalhadoras na organização de suas entidades representativas e sindicais e pela unicidade sindical – princípios que sempre nortearam a militância de todos estes companheiros que se uniram no dia de hoje – entra num novo patamar a partir hoje.”, destacou Neto.
Fonte: publicado no jornal Hora do Povo
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