O Sindpd-SP (Sindicato dos Trabalhadores de Tecnologia da Informação) paralisou nesta segunda-feira, 31, sua negociação salarial com a classe patronal.
A decisão, segundo comunicado divulgado pela entidade, atinge cerca de 90 mil profissionais de São Paulo, estado que concentra quase metade da categoria no Brasil.
“Os trabalhadores não merecem o tratamento que estão recebendo do sindicato patronal. Nossas reivindicações são justas, muitas delas já são praticadas no mercado. Os índices que pleiteamos correspondem à inflação e a uma pequena parcela dos lucros do setor no ano passado,” afirma Antonio Neto, presidente do Sindpd-SP.
A interrupção das conversas aconteceu na quarta rodada de negociação, após o sindicato patronal oferecer 6,47% de reajuste salarial.
Segundo Neto, o índice proposto “apenas repõe a inflação do ano passado”.
Nas rodadas anteriores, todas as propostas do sindicato patronal ficaram abaixo da inflação. Também foram refutadas reivindicações dos trabalhadores como participação em lucros e resultados (PLR) e auxílio refeição.
“Estamos com estudos e argumentos suficientes para levar o debate aos tribunais. O crescimento do setor de TI tem sido sempre acima do PIB nos últimos anos. Em 2009, faturou R$ 52,8 bilhões, aumento de 9,3% sobre 2008. O PIB brasileiro cresceu aproximadamente 7,5% em 2010 e o do setor ficou em torno de 10%. Não existe argumento para não concederem um aumento justo”, salienta Neto.
Agora, segundo ele, o Sindpd-SP vai concentrar sua mobilização nas empresas, abrindo espaço para acordos coletivos.
Fonte: site Baguete, por Gláucia Civa (31/01/2011)
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