Mais uma vez tentamos levar a sério a mesa de negociação com o patronal. Diante do crescimento vertiginoso do setor, baseado no nosso trabalho e empenho, apresentamos as nossas reivindicações. Pedimos 13,47% de aumento; PLR; auxílio-alimentação para todos e a ampliação dos pisos, afim de assegurar uma remuneração mínima para os profissionais de TI.
Isso não é nada para um setor que tem obtido crescimento sempre acima do PIB. Em 2010, alcançou um crescimento de 10% a 15%. Em 2009, faturou R$ 52,8 bilhões, 9,3% em comparação a 2008. As empresas exportadoras, entre 2004 e 2007, obtiveram um aumento de 53,4% ao ano na receita líquida.
Vejamos alguns exemplos:
1- Em 2009, a Stefanini aumentou o seu faturamento em 31%. Em dezembro último, a empresa adquiriu a americana TechTeam por US$ 94 milhões, ampliou a atuação da companhia de 17 para 27 países e atingiu faturamento acima de R$ 1 bilhão;
2- Se em 2009, a A Tivit obteve um bom resultado, o que dizer do ano passado, quando reportou lucro líquido de R$ 19,6 milhões no segundo trimestre, o que representa um avanço de 128% sobre o registrado no mesmo período de 2009; A Tivit acabou de inaugurar uma nova unidade em Santos, a 18ª da empresa, consumindo investimentos de R$ 35 milhões. Desde 2009, o faturamento anual da Tivit tem ficado acima de R$ 1 bilhão. Para este ano, a estimativa é de crescer dois dígitos;
3- A Totvs, maior empresa brasileira de software de gestão, amealhou um lucro líquido de R$ 137,9 milhões, 14,6% a mais do que em relação a 2009;
4- A CPM Braxis atingiu um crescimento de 12% em 2009, índice que, em 2010, deve chegar a 20%, representando R$ 1 bilhão em receita;
5- O mesmo ocorre com a PROCWORK; BRQ; DATASIST; ÍCARO TECHNOLOGIES, PRO-LOGOS; POLITEC INFORMÁTICA; RSI; SOFTTEK, ENFIM, COM TODO O SETOR.
Mas, o patronato se resumiu a oferecer, inicialmente, 5,9% de aumento linear. Depois de quatro rodadas, apesar de fazermos uma contraproposta de 11,9%, subiram para 6,47%, índice que apenas repõe a inflação de 2010, sob a alegação de que as empresas estão em dificuldades.
Por este motivo, decidimos suspender as conversas. Não podemos participar de uma encenação em que os empresários fingem discutir nossos pleitos e fazem de conta que estão dispostos a negociar.
Nossa luta, a partir de agora, será travada em outras esferas. Vamos concentrar esforços em mobilizar os trabalhadores pontualmente e BUSCAR ACORDOS COM AS EMPRESAS SÉRIAS, QUE QUEREM VALORIZAR SEUS PROFISSIONAIS. Por outro lado, focaremos as mobilizações, paralisações e demais movimentos nas empresas que possuem UM HISTÓRICO DE EXPLORAÇÃO, ILEGALIDADES TRABALHISTAS E QUE ESTÃO EMPERRANDO A MESA DE NEGOCIAÇÃO.
Para tanto, será necessário aprofundarmos a nossa unidade de ação. Muitos companheiros estão propondo greve, fato que será analisado no decorrer do processo. Mas, desde já conclamamos os companheiros a se preparar para o bom combate. Ajude-nos a pressionar a empresa que você trabalha para conquistarmos aumento, vale-refeição e PLR.
Juntos, somos fortes. Não permitiremos que algumas empresas esfolem nossos profissionais de TI para se vangloriar de aquisições mirabolantes e lucros vertiginosos; queremos apenas o que é nosso, isto é, um salário decente e condições dignas para exercermos o nosso trabalho.
Vamos à luta companheiros em busca do nosso direito.
Queremos:
Aumento real de salário;
PLR – 80% do salário mais R$ 200,00;
Auxílio-refeição de, no mínimo, R$ 15,00 por dia;
Pisos para Analista, Programador e Gerente.
Veja o vídeo
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