Em 72 horas, a categoria pode iniciar paralisações no estado de São Paulo
São Paulo, 15 de março de 2011 – Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores de Tecnologia da Informação) publica aviso de que os trabalhadores de Tecnologia da Informação do estado de São Paulo decretaram estado de greve. O comunicado foi publicado hoje (15/03), na página C10 do jornal Folha de S. Paulo. A lei de greve determina que 72 horas após a publicação, os trabalhadores podem dar início as paralisações. Desta forma, a partir do próximo dia 18, os profissionais do setor já têm esse direito assegurado.
No comunicado, o presidente do Sindpd, Antonio Neto, notifica o sindicato patronal e a sociedade de que “foi decretado o estado de greve porque as empresas não aceitam reajustar os salários dos trabalhadores de forma digna, não admitem conceder vale-refeição e tampouco participação nos lucros, resistência que levou os trabalhadores, por meio do Sindpd, a optarem pelo dissídio, remetendo a controvérsia para julgamento do Tribunal”.
Além disso, os empresários foram avisados de que, durante o processo de greve, é proibido haver demissões injustificadas e que o Sindpd não fará homologações no período. “Na forma do artigo 7º da Lei 7.783/89, durante o movimento de paralisação o contrato de trabalho dos empregados fica suspenso, SENDO VEDADAS RESCISÕES CONTRATUAIS enquanto não houver acordo ou enquanto não for julgado o dissídio coletivo. Portanto, o SINDPD NÃO HOMOLOGARÁ rescisão de contrato de trabalho que venha a ocorrer a partir de 18.03.2011”, afirma a nota.
Segundo o presidente Antonio Neto, as paralisações podem ser gerais ou pontuais nas empresas. “Por isso, os trabalhadores devem ficar atentos aos chamados do sindicato para se apresentarem às comissões de paralisação. Nossa luta não se resume a um aumento salarial digno – o que já seria suficiente – ela compreende também a valorização, dignidade e o respeito que os profissionais de tecnologia da informação merecem”.
As decisões favoráveis a entrar em estado de greve e com o dissídio coletivo na Justiça foram votada por unanimidade pelos trabalhadores em assembleia realizada pelo Sindpd, no último sábado (12). A negociação salarial da categoria foi interrompida em janeiro depois de quatro rodadas de debates entre o sindicato patronal e o Sindpd.
As principais reivindicações dos trabalhadores são 11,9% de aumento salarial linear, desenvolvimento de plano de Participação em Lucros e Resultados (PLR), auxílio-refeição de 15 reais por dia e ampliação de pisos. O sindicato patronal oferece reajuste salarial de 6,47%, índice que apenas repõe a inflação, e refuta todas as outras solicitações.
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