O Sindpd publicou nesta terça-feira (15 de março), a deliberação tomada pela assembleia de que a categoria encontra-se em estado de greve. Esta é um das determinações da lei de greve e assegura o direito dos trabalhadores de TI a iniciar as paralisações a partir do próximo dia 18 de março.
No edital, o presidente do Sindpd, Antonio Neto, no cumprimento do que determinam o art. 3º, parágrafo único e o art. 13, da Lei nº 7.783/89, notifica o Seprosp, as empresas tomadoras e as prestadoras de serviços de processamento de dados e tecnologia de informação do Estado de São Paulo de que, nos termos da deliberação da Assembléia Geral realizada no dia 12.03.2011, “foi decretado o estado de greve porque as empresas não aceitam reajustar os salários dos trabalhadores de forma digna, não admitem conceder vale-refeição e tampouco participação nos lucros, resistência que levou os trabalhadores, por meio do Sindpd, a optarem pelo dissídio, remetendo a controvérsia para julgamento do Tribunal”.
“As empresas FICAM NOTIFICADAS de que, na forma do artigo 7º da Lei 7.783/89, durante o movimento de paralisação o contrato de trabalho dos empregados fica suspenso, SENDO VEDADAS RESCISÕES CONTRATUAIS enquanto não houver acordo ou enquanto não for julgado o dissídio coletivo. Portanto, o SINDPD NÃO HOMOLOGARÁ rescisão de contrato de trabalho que venha a ocorrer a partir de 18.03.2011”, afirma a nota.
Segundo o presidente Antonio Neto, a assembleia decidiu pela realização de paralisações gerais ou pontuais nas empresas. “Este é um ponto delicado, sobre o qual não nos estendemos para não colocar em risco a estratégia do sindicato. Não podemos nos afobar, temos que ter cuidado e preparar muito bem o terreno para que tudo dê certo. Não podemos usar todos os nossos instrumentos de uma vez só. É necessário utilizar o elemento surpresa, que neste momento consiste num dos nossos maiores trunfos”, destacou Neto.
Neto faz um apelo à categoria: “Por isso, fiquem atentos aos chamados do sindicato. Ajude-nos a divulgar a campanha, apresente-se para as comissões de paralisação, convença o seu colega de trabalho de que a nossa luta não se resume a um aumento salarial digno – o que já seria suficiente – mas para assegurarmos nossa dignidade e o respeito que os profissionais de tecnologia da informação merecem”.
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