O resultado da reunião desta última terça-feira (22/03), com Ministério Público do Trabalho e o Seprosp, foi satisfatório segundo a avaliação do Sindp. Com isso, na manhã desta quarta-feira, 23, os diretores do Sindpd estiveram na porta da Tivit Transamerica e ADP para conversar com trabalhadores, debater ideias e mostrar os detalhes da proposta do MTP.
A procuradora do MPT, Laura Martins Maia de Andrade, propôs aumento salarial de 8,6% % (aumento real de 2,13%), VR de R$ 12 em jornada de 8 horas (com o acréscimo de R$ 6 nos casos de jornada superior a este período), obrigatoriedade de implantação de Participação em Lucros e Resultados (PLR), e inclusão dos pisos de analista e programador. O sindicato patronal não quis fechar acordo e afirmou que irá submeter às propostas em assembléia extraordinária para se posicionar na próxima sexta-feira (25/03), quando ocorre outra rodada.
O objetivo do Sindpd é esclarecer os trabalhadores e mante-los mobilizados, prontos para deflagrar as paralisações caso não ocorra acordo de conciliação na sexta-feira. A diretoria decidiu que a proposta apresentada pelo MPT é muito boa e já deixou claro que ela é inegociável, ou seja, se patronal não aceita-la haverá o apagão de TI.
Na manhã de hoje, Tivit e ADP receberam a presença dos diretores do Sindpd, que acompanhados de um carro de som distribuíram material informativo destacando os termos da proposta feita pelo MTP.
Na ADP, o movimento foi realizado durante o período da manhã, os dirigentes do Sindpd informaram os funcionários sobre a atual situação que se encontram as negociações entre o sindicato patronal. “Esta é uma empresa que possui mais de 500 funcionários. É importante que todos os trabalhadores saibam sobre o patamar das negociações”, destaca o diretor Celso Lopes. Já na Tivit, unidade Transamérica, a mobilização foi feita próximo ao horário de almoço. “A presença dos diretores é relevante para o esclarecimento das dúvidas dos funcionários. O sentimento de todos é de que se não houver acordo a greve vai começar”, comenta Arlene Bittencourt Saboia, diretora do Sindpd.
Proposta do MPT
O primeiro ponto de debate foi o vale refeição. A procuradora fez uma análise sobre as características do trabalho realizado em TI e, tendo em vista essas considerações, propôs R$ 12 de VR para jornada de 8 horas. Em casos de jornadas extraordinárias superiores ao período de 8 horas haverá acréscimo de R$ 6 no benefício. Também foi definida a isenção do direito para jornada de apenas 6 horas e para empresas com até três integrantes ou empregados. No entanto, foi feita uma ressalva para os casos de jornada de 6 horas extrapoladas até 8 horas, que receberiam VR de R$ 12, e acima desta carga horária, R$ 18.
Tendo como parâmetro o desempenho do setor e os reajustes concedidos recentemente a outras categorias, a indicação do MPT foi de aumento salarial linear de 8,6%, que representam ganhos de 2,13% acima do índice da inflação medido pelo INPC/IBGE.
A procuradora também recomendou a criação de piso para programadores, com o valor mínimo de R$ 1.200, e para analistas, com o valor mínimo de R$ 1.800. “Se não houver piso para estes cargos, as empresas podem acabar achatando os salários, pagando como técnico o profissional que tem formação superior”, analisou Laura Martins.
Por fim, houve a recomendação da obrigatoriedade de implantação de PLR.
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