Mais da metade da categoria do estão de São Paulo vai parar nesta manhã (28/03)
São Paulo, 28 de março de 2011 – A greve dos trabalhadores de TI começa na manhã de hoje (28). Na capital haverá três grandes manifestações, em Alphaville e em frente da HP/EDS e da Titiv. Em todo interior do estado também serão realizados movimentos grevistas. Vamos mostrar para os empresários que nós estamos unidos e vamos lutar pelo que é nosso. “Não queremos nada mais além daquilo que nos é de direito. Queremos ter o nosso trabalho reconhecido, um vale refeição digno, participação naquilo que produzimos, oportunidades para nos qualificarmos ainda mais e uma melhor qualidade de vida para nossas famílias. Esta é a hora! Vamos à luta pela dignidade e pelo reconhecimento do nosso trabalho,” afirma Antonio Neto, presidente do Sindpd.
A negociação salarial da categoria teve várias rodadas, mas não foi possível chegar a um acordo. Os trabalhadores pedem aumento real de salário (11,9%), vale refeição de R$ 15,00 por dia trabalhado, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), ampliação dos pisos da categoria, licença maternidade obrigatória de seis meses, entre outras reivindicações. O sindicato patronal ofereceu apenas o reajuste dos salários com a reposição da inflação (6,47%) e negou todas as outras solicitações.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) chegou a convocar os sindicatos para uma conciliação e fez uma proposta que o Sindpd considerou satisfatória, mas o sindicato patronal rebateu a proposição do MPT com uma oferta inferior e mais uma vez não foi possível encontrar um consenso.
Esgotadas todas as tentativas de entendimento, os trabalhadores e o Sindpd saem às ruas para cobrar seus direitos. “A conduta do sindicato patronal é uma ofensa, uma agressão, um desrespeito, uma provocação com os profissionais que se esforçam para ampliar os lucros dos empresários. Por este motivo, não cansamos em afirmar que o nosso movimento de paralisação não se restringe ao aspecto econômico, mas, sobretudo, para exigirmos o respeito que merecemos e para não nos submetermos à exploração”, reitera Neto.
As principais empresas atingidas pelas manifestações são EDS/HP, Sonda Prockwork, Stefanini, Tivit, Fidelity, Dedic/GPI, CPM, Indra, Prodam e Prodesp (respeitando a cota de 80%), além de diversas outras companhias no interior.
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