Fonte: ComputerWorld
Começa a funcionar dentro dos próximos dias a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) para apoiar a indústria nacional no desenvolvimento produtos e serviços com diferencial competitivo para serem comercializados no mercado interno e externo. Trata-se de uma companhia pública criada pelo governo federal em parceria com Confederação Nacional da Indústria (CNI) que tem a meta de incentivar, principalmente pequenos e médios negócios a serem mais inovadores.
O modelo de operação da Embrapii foi apresentado aos empresários na manhã desta segunda-feira, (17/10), na sede da CNI, em encontro em São Paulo. O projeto foi detalhado pelo secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio Rodrigues Elias e o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Com modelo parecido ao da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a nova empresa conta inicialmente com apoio de três laboratórios das seguintes instituições Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo; o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), do Rio de Janeiro; e o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec), da Bahia. A meta do governo e da CNI é chegar em 2014 com mais de 30 centros de pesquisa credenciados.
Segundo Elias, esses laboratórios vão ajudar os empresários no desenvolvimento e pesquisa de produtos com inovação. Entre as empresas que receberão atenção da Embrapii estão as que tiverem projetos para pré-sal, soluções para nanotecnologia, biotecnologia, semicondutores e software.
Aporte de capital
A Embrapii receberá inicialmente um aporte do governo federal de 90 milhões de reais, repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (FNDTC), ligado ao MCTI. Esse montante será cerca de um terço do orçamento da nova empresa. Companhias beneficiadas pelas pesquisas e os laboratórios deverão contribuir com os dois terços restantes dos gastos.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, disse que a Embrapii será importante porque para a indústria nacional porque nasce para apoiar justamente os investimentos em inovação que mais necessitam de apoio: os pré-competitivos.
Esse tipo de investimento, explicou Andrade, é aquele em que a indústria faz na tentativa de desenvolver um produto ou forma de produção. Segundo ele, o capital desembolsado na fase pré-competitiva é de alto risco. Por isso, sem apoio, as empresas deixam de portar recursos e ficam para trás de suas concorrentes de outras partes do mundo.
“Nos Estados Unidos, por exemplo, os investimentos pré-competitivos são 100% financiados pelo governo. Já no Brasil, são 100% pagos pelas empresas”, comparou Andrade. “A Embrapii deve causar uma mudança neste cenário”, disse ele.
*Com informações da Agência Brasil
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