São Paulo, 19 de Outubro de 2011
Na quarta-feira, 19 de outubro, os diretores do Sindpd e o presidente Antonio Neto se reuniram com os trabalhadores do período noturno da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) para discutir os problemas ocasionados pela jornada de trabalho de oito horas – especificamente para os funcionários que trabalham no turno da madrugada.
As dificuldades da jornada de oito horas no período noturno, das 00hs as 08hs, prejudicam todos os 30 trabalhadores da área de Centro de Processamento de Dados (CPD) da empresa. Problemas de saúde, estresse, trânsito na saída do trabalho e pouco tempo de descanso, fazem com que os trabalhadores queiram mudar a jornada de oito horas para seis horas de trabalho diárias.
Para o presidente Neto, a reivindicação é válida: “Esse horário noturno, no qual eu já trabalhei, é muito complicado. As pessoas acabam invertendo tudo na vida, a relação com os familiares muda completamente e o desgaste é maior. Portanto, o trabalhador que faz parte deste tipo de jornada precisa de alguns cuidados, para não prejudicar a saúde física e mental”, avalia.
A reunião contou com 40% dos trabalhadores do CPD e eles relataram para a direção do sindicato que inúmeras vezes tentaram expor os problemas para a direção e o departamento de RH da Prodesp, mas nenhuma resposta foi obtida. Na reunião ficou acordado que o Sindpd irá interceder na questão, começando por uma carta de reivindicação, com os todos os pontos discutidos, que se encaminhada a direção da empresa. Os funcionários também ressaltaram que a redução de turno pode melhorar o fluxo e o aproveitamento da estrutura da empresa, uma vez que, em alguns momentos entre a troca dos turnos, os postos de trabalho estão ocupados.
Vale lembrar que o período noturno de apenas seis horas de trabalho é comum nas empresas. Mas em 2007, no caso da Prodesp, parte dos trabalhadores aceitaram o aumento na carga horária de duas horas, porém segundo os funcionários este acréscimo na jornada não foi discutido suficientemente, nem aderido por todos os trabalhadores, e agora a empresa precisa reavaliar a situação.
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