Aumento real, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), Vale Refeição (VR) e pisos mais justos são bandeiras da categoria
O setor de Tecnologia da Informação (TI) está a todo vapor. O ramo deve fechar 2011 com 13% de crescimento em relação ao ano passado, segundo a consultoria IDC. Levando em consideração esse período favorável, os trabalhadores do setor, comandados pelo Sindpd, vão buscar um aumento salarial de 11% em 2012, 3,5% a mais do que o último reajuste concedido.
A porcentagem pedida, além de repor a inflação atual, que gira em torno de 6,5%, garante aumento real e mais poder de compra aos empregados. A luta por pisos justos também está em pauta.
O presidente do sindicato, Antonio Neto, está otimista em um bom resultado na Campanha Salarial 2012. "Nos últimos dez anos de negociações coletivas tivemos aumento salarial real. Nas empresas onde o envolvimento dos trabalhadores é maior, nossos acordos garantem benefícios superiores aos da Convenção. Por isso, queremos o conjunto mobilizado e pronto para atender o chamado do sindicato", disse na assembleia de pauta, do dia 10 dezembro, ocasião onde foram definidas as próximas reivindicações.
Outras bandeiras importantes do próximo ano serão a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e o Vale Refeição (VR), direitos que foram adquiridos e temporariamente suspensos. A categoria irá buscar VR de R$ 15 por dia trabalhado (para carga horária superior a 6 horas) e implementação de PLR em até 60 dias, partindo de primeiro de janeiro. "Esses benefícios são direito do trabalhador, vamos conquistá-los", declarou Neto.
Um aspecto importante da Campanha Salarial é unificação com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Cursos de Informática (Sindiesp) e com a Federação Interestadual dos Trabalhadores de Tecnologia da Informação (Feittinf), o que dará ainda mais força aos trabalhadores.
Conquistas
Mesmo com o efeito suspensivo e resistência do patronato, aconteceram conquistas muito importantes em 2011. "Nossa pressão possibilitou que assinássemos mais de 600 acordos de PLR, com valores que chegam até seis salários nas empresas onde temos maior mobilização e onde os empresários realmente valorizam seus funcionários", pontuou o presidente.
Um marco importante, que também trouxe saldo positivo, foi a paralisação geral. "Nada é fácil para nós trabalhadores. Cada conquista é arrancada somente depois de batermos muito. Com a greve, conquistamos a estabilidade de quase cinco meses", pontuou o presidente.
Neto já vê outra grande conquista em um futuro próximo. "Temos quase 50 diretores lutando junto às empresas. No interior, a mesma coisa. Juntos, vamos fazer desse sindicato um dos melhores da categoria", disse.
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