A contratação de profissionais de TI está estagnada e a economia na Europa continua demandando atenção, mas os gastos com TI está superando as previsões, diz o Gartner. Os gastos mundiais com tecnologia da informação deverão registrar 3,6 trilhões de dólares, crescimento de 3% em comparação com o ano passado, indica relatório do instituto de pesquisas.
O documento, divulgado hoje (9/7), é uma revisão de um relatório anterior que apontava que os gastos com tecnologia da informação iriam crescer 2,5% neste ano. Apesar da nova previsão, o Gartner denomina os investimentos como "fracos" quando comparados com os números dos anos pré-recessão. Em 2007, por exemplo, o investimento com TI em todo o mundo aumentou cerca de 8%.
Um ponto positivo para empresas de tecnologia é a crescente demanda por serviços de nuvem pública. A modalidade deverá registrar expansão de 19%, saltando de 109 bilhões neste ano para 207 bilhões em 2016, prevê o Gartner.
"Embora ainda existam desafios que freiam o crescimento econômico global, a crise da zona do euro, a lenta recuperação dos Estados Unidos, a desaceleração na China, ao menos os gastos com TI estão estabilizados", afirma Richard Gordon, vice-presidente do Gartner, em comunicado.
De acordo com o instituto de pesquisas, os gastos com hardware atingirão 420 bilhões de dólares em 2012, alta de 3,4% em comparação com 2011. O investimento em software deverá alcançar 282 trilhões neste ano, expansão de 4,3%. Já o aporte global com serviços de TI deverá totalizar 864 bilhões neste ano, crescimento de 2,3%.
Segundo analistas do setor, o aumento dos gastos não está colaborando para a contratação em TI. A Janco Associates, consultoria que monitora os dados de trabalho em TI, afirma que os profissionais do segmento tiveram ganho de 3,4 mil empregos no mês passado, enquanto os salários permaneceram estáveis. Em geral, nos Estados Unidos, foram adicionados no mês passado 80 mil postos de trabalho, um número considerado relativamente baixo pelo mercado.
Uma pesquisa feita pela Janco com 107 CIOs em maio revelou que a maioria não está otimista com o ritmo de contratações. Grande parte apontou que não espera qualquer aumento de pessoal permanente nos próximos meses, relatou Victor Janulaitis, CEO da Janco.
Fonte: IDG Now!
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