A diretoria do sindicato se reuniu na tarde desta quarta-feira (30) para discutir as propostas feitas pelo Seprosp. A comissão de negociação do Sindpd expôs para os dirigentes todos os pontos abordados na negociação com o patronal e analisou cada uma das cláusulas, levando em consideração o cenário econômico nacional. A proposta foi aprovada, e uma circular conjunta entre Sindpd e Seprosp será divulgada. 

Confira as conquistas desta negociação e leia abaixo o comunicado da diretoria do Sindpd:  

• Aumento linear 7%;
• Reajustes nos pisos salariais entre 8,2% e 9,4%:
• R$ 1.055 para digitador
• R$ 840,00 para administrativo
• R$ 1.170,00 para técnico
• R$ 755,00 para office boy
• Obrigatoriedade de apresentação de proposta de PLR para empresas com mais de 40 funcionários;
• Garantia ao empregado em vias de aposentadoria que tiver seis anos na mesma empresa;
• Obrigatoriedade de apresentação de políticas de reembolso de quilometragem;
• Obrigatoriedade de apresentação de políticas de viagens a serviço;
• Reajuste do auxílio-creche de 35% do salário normativo para empregados com filhos de até 24 meses, e 25% para funcionários com crianças de 24 a 60 meses; 
• Reajuste de 20% no vale-refeição, passando a R$12,00 para empresas com mais de 50 empregados;
• Licença-maternidade: será incluída uma cláusula estimulando as empresas a disponibilizarem o benefício de 180 dias; 
• Obrigatoriedade de um delegado sindical nas empresas com mais de 200 funcionários;
• 42 cláusulas da convenção coletiva renovadas por mais 2 anos;

Ao analisar o conjunto dos avanços, a Diretoria do Sindpd considera que a Comissão de Negociação foi vitoriosa ao conquistar 7% de aumento linear; reajustes entre 8,2% e 9,4% nos pisos; aumento de 20% no vale-refeição, cujo valor mínimo será de R$ 12,00, abrangendo agora as empresas com mais de 50 empregados; aumento significativo no auxílio-creche (que passa a ser de até 35% do piso administrativo); ampliação obrigatória da PLR para empresas com mais de 40 empregados; políticas para auxílio-viagem e reembolso de quilometragem; obrigatoriedade de um delegado sindical nas empresas com mais de 200 funcionários, entre outras melhorias que agregarão valor à nossa Convenção.

Temos convicção de que, mais uma vez, a mobilização e o apoio da categoria, que participou ativamente de todas as etapas preparatórias da Campanha Salarial, desde o lançamento até as assembleias, reunindo aproximadamente oito mil companheiros durante o processo, foram decisivos para dar respaldo à Comissão de Negociação. 

O crescimento de nosso quadro associativo, que atualmente aproxima-se dos 40 mil filiados, a ampla mobilização realizada para os mais de 600 acordos de PLR firmados em 2012, e agora a ampliação de nossa organização através dos delegados sindicais, são elementos a serem destacados neste processo, pois são fatores que fortalecem o sindicato e nos asseguram um potencial ainda maior para superar as barreiras impostas por segmentos do patronato. 

Neste ponto, cabe-nos fazer um apelo e um alerta ao conjunto do setor empresarial de Tecnologia da Informação para que este passe a olhar com mais atenção para o segmento, valorizando os profissionais. Esta é a forma de atrairmos novos talentos para diminuir o déficit existente no mercado de trabalho. 

É nítido que as empresas sérias que firmam acordos com o Sindpd,   um número expressivo e majoritário no setor, pagam benefícios superiores e justos para seus profissionais por meio destes instrumentos e são prejudicadas ao persistirem discrepâncias no mercado. 

Disparidades estas sustentadas por empresas ávidas pelo lucro, através da sonegação de direitos elementares dos trabalhadores, como vale-refeição descente, vale-alimentação, PLR, pisos mais abrangentes, licença-maternidade de seis meses, entre outros. 

Ao prevalecer seus interesses, ao dificultarem a perenização de direitos, promovendo o acirramento das tensões, causam impasses, prejudicam ainda mais as relações entre o capital e o trabalho, e prestam um desserviço ao segmento e ao país. 

O profissional de TI é diferenciado, necessita de formação e atualização constantes, é o principal capital intangível das empresas e não pede nenhum favor ao exigir a sua valorização. Vivemos num novo Brasil, onde a ampliação de direitos e a distribuição de renda são pilares do nosso desenvolvimento. Devemos avançar neste caminho e não retroceder. 

Parabenizamos os trabalhadores de TI por mais esta conquista e os conclamamos a fortalecer ainda mais o sindicato, sua principal arma de luta. Vamos intensificar os acordos de PLR, fiscalizar e buscar na luta e na Justiça todo centavo sonegado aos trabalhadores. Sigamos em frente, vamos trabalhar conjuntamente para construir um mercado de TI digno e pujante, promotor da inovação e pioneiro na ampliação dos direitos trabalhistas. 

São Paulo, 31 de janeiro de 2013.

Diretoria do Sindpd