Os 1.800 empregados da Prodesp seguem sem o reajuste salarial definido na negociação entre o Sindpd e o sindicato patronal (Seprosp). Em janeiro foi divulgada uma circular com o resumo das cláusulas econômicas do acordo, para que o reajuste fosse feito já na folha de pagamento do primeiro mês de 2013. Entretanto a Prodesp afirmou que não poderia conceder o aumento por falta do parecer do Conselho de Defesa dos Capitais do Estado (Codec), ignorando o fato de que é obrigada a cumprir o que foi acordado na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
A CCT 2013 garantiu aumento de 7% para todos os trabalhadores de TI do estado de São Paulo, por isso os empregados da Prodesp também devem ter seus salários reajustados. Diante do impasse o departamento jurídico do Sindpd entrou com ação na justiça do trabalho, cobrando os reajustes nas verbas de natureza salarial, retroativos a 1 de janeiro, com juros e correção monetária, além de reivindicar que a companhia pague multa de R$58,80 para cada empregado, por descumprir a CCT. A multa está prevista na convenção coletiva e o valor deverá ser pago levando em consideração cada mês que a companhia deixou de aplicar o reajuste.
Perante a ação do sindicato a Prodesp entrou em contato com o Sindpd, no dia 18 de abril, e afirmou que aplicará o reajuste na folha de pagamento de abril, além de quitar os valores retroativos a 1º de janeiro. A multa por descumprimento da CCT será mantida.
"No início do ano conquistamos o aumento salarial de 7% em uma negociação dura com o sindicato patronal. Representantes das empresas, inclusive da Prodesp, participaram da negociação e das decisões. Descumprir a convenção é desrespeitar o trabalhador. Quando é preciso utilizamos todos os recursos jurídicos possíveis para garantir o direito dos trabalhadores", lembrou o chefe do departamento jurídico do Sindpd, José Eduardo Furlanetto.
"Todas as outras empresas de TI de São Paulo já reajustaram os salários, seguindo a convenção coletiva. Os trabalhadores da Prodesp estavam preocupados com a situação. Acompanharemos o caso até o final", disse a diretora do Sindpd, Maria de Lourdes Claro.
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