Neto afirmou que o povo clama por respostas rápidas, por medidas perceptíveis que alterem positivamente a sua qualidade de vida. "Não existe medida mais adequada para melhorar a vida do trabalhador do que a redução da jornada de trabalho, uma pauta que está em debate na sociedade há mais de uma década. Por isso é fundamental que o governo abra espaço e apoie essa pauta. Se ele quer responder à sociedade em relação às manifestações das últimas semanas, deve dar atenção às questões trabalhistas", enfatizou o presidente da CSB.
Para ele, a redução da jornada atingirá todas as camadas da sociedade, principalmente os menos favorecidos. "A redução para 40 horas semanais influi diretamente no tempo utilizado para o transporte, minimiza o sofrimento de milhões de pessoas que acordam de madrugada para trabalhar, além de proporcionar mais tempo para lazer e qualificação ao trabalhador – melhorando a qualidade de vida. E, o mais importante, significa um aumento direto na renda da classe trabalhadora" argumentou Antonio Neto.
Propostas da Central
A CSB entende que hoje a correlação de forças é outra. Existe espaço concreto para que o governo venha a público e apoie a proposta de redução da jornada de trabalho. "Para tanto é preciso coragem, romper com as amarras e mobilizar a base para apoiar esta medida. Se a direita ficar publicamente contra, terá que se expor, terá que mostrar para os milhões de trabalhadores insatisfeitos com a situação que eles são contra a redução", contestou Antonio Neto.
Para o presidente da CSB, é imprescindível o investimento de 10% do PIB em educação, a melhoria do sistema de transporte coletivo, saúde pública de qualidade, a regulamentação da terceirização e o fim do fator previdenciário.
Boa parte dos dirigentes sindicais saiu descontente com o fato de o governo não responder ou dar encaminhamento às propostas apresentadas pelos sindicalistas. "As centrais vão às ruas novamente, com uma gigantesca paralisação, e queremos respostas efetivas do governo, da sua base parlamentar e do Congresso Nacional para atender aos anseios dos trabalhadores, que já não suportam mais promessas", finalizou Antonio Neto.
Fonte: CSB
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