Na última segunda-feira, 28 de outubro, os trabalhadores da BB Tecnologia- antiga Cobra – empresa do grupo Banco do Brasil que atua nas áreas de TI e em suporte de processos de negócio, fizeram uma paralisação em frente à sede paulista da empresa. Cerca de 90% dos funcionários instalados no prédio da Rua José Maria Whitaker pararam suas atividades em protesto aos poucos avanços das mesas de negociação da Campanha Salarial 2013/2014.

 

Até o momento, foram realizadas quatro mesas de negociações, sendo que nenhuma trouxe grandes avanços para a categoria. Segundo os diretores do Sindpd, entre os principais motivos do descontentamento por parte dos trabalhadores está a questão financeira, em que o argumento dos profissionais é de que a companhia possui total condições para apresentar uma proposta melhor. "Só no primeiro semestre de 2013, a Cobra Tecnologia obteve um lucro superior a R$ 12 milhões", citou o diretor do Sindpd, Paulo Roberto de Oliveira.

 

Além disso, outra questão bastante discutida nas mesas de negociação foi a atual política de contratação, em que os trabalhadores contratados até 2009, possuem diferenças em alguns benefícios referente aos profissionais que entraram depois desse ano. "Estamos buscando medidas que promovam a isonomia", dizia o panfleto de convocação para a mobilização confeccionado pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Processamento de Dados, Serviços de Informática e Similares (Fenadados). De acordo com a Federação, os empregados querem, também, garantias de emprego, PCCS, PLR, pagamento de sobreaviso e direito a melhores horas extras e licença-prêmio.

 

Alguns diretores do Sindpd, que estiveram presentes nas mesas de negociações realizadas no Rio de Janeiro, trouxeram, no dia 18 deste mês, os balanços com as propostas apresentadas por lá aos funcionários residentes aqui em São Paulo. "Ainda não alcançamos todos os pontos que estamos reivindicando, mas já conseguimos algumas melhorias como é o caso do aumento real", disse Celso Lopes, diretor do Sindpd de São Paulo. "Estamos levando todas as reivindicações dos trabalhadores e trazendo, embora ainda pequenos, alguns resultados positivos. Vamos continuar brigando por melhores condições", enfatizou Celso, que esteve presente nas mesas de negociações do Rio de Janeiro.