Os trabalhadores da Prodam, empresa responsável pelos serviços de tecnologia da informação da cidade de São Paulo, pararam suas atividades por 1 hora nesta quinta-feira (14/11) depois que demissões imotivadas de funcionários com mais de 20 anos de empresa foram anunciadas.
A paralisação, organizada pelo Sindpd, aconteceu na sede da empresa, zona oeste de São Paulo, a partir de uma denúncia de que servidores públicos estavam sofrendo demissões injustificadas. Com a intervenção do sindicato, pelo menos 200 profissionais deixaram seus postos de trabalho às 14h e desceram em protesto às ações da empresa.
O vice-presidente do Sindpd, João Antonio, que acompanhou a mobilização, ressalta que a adesão foi praticamente total. "Todos que foram demitidos são trabalhadores com longo tempo de serviço, o que gerou grande indignação e insegurança, e levou quase todos os funcionários a manifestarem seu apoio contra a situação", explicou.
A programadora Milene Ribeiro Chaguri, funcionária da Prodam há 27 anos, voltou ao trabalho na manhã desta quinta-feira depois de uma licença médica de dois meses, mas foi demitida poucas horas depois. O afastamento foi causado por uma tendinite, doença relacionada à atividade exercida por ela e muito comum entre os trabalhadores da categoria.
Milene contou que foi chamada à sala da chefia, onde foi anunciada a sua demissão. "Eu disse que já estava apta a voltar para o trabalho quando o gerente perguntou da minha licença. Em seguida ele me corrigiu dizendo que eu não estava voltando porque, na verdade, estava sendo demitida", contou.
O presidente do sindicato, Antonio Neto, afirmou que os profissionais demitidos terão apoio jurídico do Sindpd. "O artigo 41 da Constituição proíbe empresas públicas de praticarem demissões imotivadas. Vamos tomar as providências cabíveis para que a empresa cumpra a lei e os trabalhadores tenham seus direitos garantidos", afirmou. O sindicato não descarta nova paralisação para a próxima semana.
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