A terceira rodada da negociação salarial dos trabalhadores de TI, que ocorreu na tarde de hoje (28), não obteve um saldo positivo. O Seprosp apresentou resposta apenas para dois dos sete pontos que constavam na contraproposta do Sindpd. O sindicato patronal aumentou o reajuste salarial e dos pisos da categoria em 0,2 pontos percentuais em relação à proposta apresentada na reunião anterior, passando para 6,2% e 6,4%, respectivamente. 

 

A proposta foi recusada pela comissão de negociação do Sindpd, que pede correção nos salários de 9,3% e 10,8% nos pisos. A comissão ainda reiterou as demais reivindicações dos trabalhadores. 

 

O presidente do Sindpd, Antonio Neto, argumentou sobre a importância do reajuste para repor as perdas dos salários diante da inflação de 2013 e lembrou que o crescimento do setor é superior ao índice – somente no ano passado a área de TI cresceu de 8 a 10%, segundo as projeções da Brasscom. 

 

"Precisamos repartir os ganhos com os empregados, mas parece que o patronato não quer acordo. Com essa proposta não fecharemos. Os índices estão muito abaixo do que o trabalhador precisa e merece. Queremos VR e PLR para todos, mais pisos, maior participação das empresas no pagamento da assistência médica. E as companhias têm poder para melhorar essas questões. Não aceitaremos um acordo que não seja condizente com a participação dos trabalhadores nesse crescimento do setor, na lucratividade das empresas", disse Neto.  

 

A diretoria do Sindpd está indignada com a postura dos patrões, que insistem em não dividir com os trabalhadores os bons resultados do setor, e se manterá firme na busca de melhorias para a categoria. 

 

Diante do impasse, o Sindpd reunirá amanhã (29) toda a diretoria do sindicato para analisar o andamento das propostas e traçar os próximos passos na negociação. Uma nova rodada foi agendada para a próxima sexta-feira, 31 de janeiro, às 14h30, na sede do sindicato patronal.  

 

Vale ressaltar que a comissão de negociação do Seprosp, que define os parâmetros na mesa, é formada por representantes de algumas das principais empresas de TI de São Paulo, tais como Apeti (Associação das Empresas de TI de São José do Rio Preto); Bematech; BRQ IT Services; Deal Tecnologies; CPM Braxis; Capgemini; CTRA; Datasist Informática; Ericsson Inovação; Indra Brasil Soluções e Serviços Tecnológicos; Logica America do Sul; Piso – Polo Indus. Software Reg. Ribeirão Preto; Prodesp; Prodam; Pro-logos; Procwork; RGM Informática; Stefanini; SAP; Tivit; Totvs; e Walar Desenv. de Sistemas IT. 

 

 

• Reajuste salarial de 6,2%;
• 6,4% de reajuste nos pisos salariais;
• Vale-refeição (VR) de R$14 para empresas com mais de 50 empregados; 
• Obrigatoriedade de apresentação de proposta de participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) para empresas com mais de 30 empregados. 

 

• Reajuste salarial de 9,3%;
• 10,8% de reajuste nos pisos salariais;
• Vale-refeição (VR) de, no mínimo, R$17 para todos os trabalhadores de TI, sem desconto;
• Obrigatoriedade de apresentação de proposta de PLR para todas as empresas de TI do estado de São Paulo;
• Assistência médica para o trabalhador e dependente sem qualquer ônus;
• Inclusão de dez novos pisos salariais, abrangendo cargos como administradores de banco de dados, programadores e analistas de sistemas;
• Jornada de trabalho de 30h semanais para assistentes de apoio ao usuário, operadores de: help desk, call Center, tele atendimento e assemelhados. Além de descanso de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados; Licença maternidade de 180.