Por unanimidade, os trabalhadores de TI do estado de São Paulo que participaram da assembleia realizada hoje (15) pelo Sindpd decidiram decretar greve. "É chegada a hora, efetivamente, de a categoria mostrar para o patrão o papel importante que exerce dentro das empresas. Os empregados são os verdadeiros responsáveis pelo lucro e crescimento das companhias. Contra o patrão a arma mais legitima dos trabalhadores é cruzar seus braços", falou o presidente do Sindpd, Antonio Neto.
De acordo com a lei de greve, o sindicato deve publicar um anúncio em jornal de grande circulação, para informar as empresas tomadoras e prestadoras de serviços de TI. Após 72 horas da publicação, os trabalhadores poderão dar início às paralisações, que podem ser pontuais ou generalizadas. Ainda de acordo com a lei "é vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos".
"A lei é clara quando diz que a partir do momento da deflagração da greve e da comunicação nenhum trabalhador pode ser demitido, sofrer coerção ou ser proibido de fazer a greve. Estamos fazendo tudo juridicamente correto, previsto na lei de greve. A categoria está unida para dar um basta nesses patrões. Os trabalhadores de TI precisam de mais respeito, dignidade e valorização profissional", alertou Neto.
A negociação salarial deste ano foi paralisada no dia 31 janeiro depois de quatro rodadas de debates entre o sindicato patronal e o Sindpd. Após a paralisação o sindicato patronal pediu uma nova reunião, mas, infelizmente, as propostas não avançaram o que acabou travando o andamento do acordo coletivo deste ano.
Nas últimas semanas o Sindpd realizou várias ações para esclarecer a situação aos trabalhadores da categoria. Uma enquete foi feita para saber a opinião dos profissionais de TI sobre a greve, e 84% se mostraram a favor. Além disso, o sindicato enviou newsletters e SMS para os quase 50 mil sócios do sindicato, convocando todos para a assembleia de hoje. Nos dias 13 de 14 de fevereiro também foram realizadas panfletagens na porta das maiores empresas da base, como a Prodesp, Prodam, Tivit, ADP, Softtek, CPM Braxis Capgemini, Sonda, TOTVS, T-System, HP e Indra.
Indo de encontro com todas as propostas feitas pelo sindicato patronal, o setor vem crescendo a taxas robustas, e as consultorias mostram que o crescimento é superior ao PIB (Produto Interno Bruto). Em recente entrevista para o Jornal Hoje, da Rede Globo, a Brasscom, fez uma previsão de crescimento de 8 a 10%. Veja aqui o vídeo do Jornal Hoje.
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