Após as paralisações desta manhã (21/02) nas principais empresas de TI de São Paulo, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) marcou para as 15h uma audiência de conciliação entre o Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd) e o sindicato patronal da categoria (Seprosp). Desta forma, os profissionais de TI podem ter ainda hoje a solução do impasse da greve.
"Os trabalhadores de TI atenderam o chamado do sindicato e, de forma organizada, suspenderem total ou parcialmente os trabalhos. As empresas subestimaram os trabalhadores e principalmente a sua indignação. Milhares de companheiros não compareceram às empresas e outros se somaram aos piquetes do sindicato. Agora vamos para o Tribunal defender as nossas bandeiras e lutar para obter o que é justo para a categoria", afirmou o presidente do Sindpd, Antonio Neto.
As paralisações do primeiro dia de greve da categoria de TI de São Paulo atingiram grande parte do setor. O Sindpd esteve nas principais empresas do setor com sede na capital e no interior. Muitos trabalhadores aderiram à greve e algumas empresas tiveram adesão total, respeitando apenas o contingente mínimo que determina a Lei de Greve. Como o caso da Prodam, responsável pelos sistemas de tecnologia da Informação da cidade de São Paulo, onde todos os funcionários participaram da assembleia nesta manhã para definir a escala de 1/3 do total de funcionários que deve permanecer em seus postos.
Na Fidelity, que possui clientes como Vale, Claro e Petrobras, muitos trabalhadores não foram trabalhar. Em seis empresas de TI que prestam serviços para a Vivo – Indra, Getronics, Unicom, Uranet, TSI e TCP – a adesão também foi massiva.
Na Sonda IT, a PM foi chamada, entretanto, muitos ônibus que levam os trabalhadores até a companhia já chegaram quase vazios. A Connectcom também apresentou grande adesão. A empresa atende a Caixa Econômica Federal. Além delas, houve manifestações em frente à CPM Braxis Capgemini, Tivit, Datatix, Field, IMA, Evalue, Indra, Bematech CNP, MV&P, HP, Totvs, Visioncom, Consinco, Smart APD, Hitech, Mega Sistemas, GFT, Visual, EmproRX, Folhamatic, Ledware, MSTECH e TODO GPI. Outras unidades da Fidelity (Campinas, Jundiaí e Sorocaba), da Sonda (Campinas e São José dos Campos), da Tivit (São José dos Campos) e da Stefanini (Sorocaba e Campinas).
Os trabalhadores pedem reajuste nos salários de 8,8% e nos pisos de 10,3%, VR e PLR para todas as empresas. A negociação salarial da categoria foi levada até a quinta rodada, mas terminou sem acordo entre empresários e trabalhadores. A última proposta apresentada pelo patronato foi de reajuste de 6,5%, obrigatoriedade de apresentação de plano PLR para empresas com mais de 10 funcionários, VR apenas para companhias com mais de 35 empregados e reajuste dos pisos de 7%.
Outras empresas já estavam em negociação com o sindicato para negociar acordos que contemplassem os pedidos dos trabalhadores. Mais de 140 fecharam acordos desde o anúncio da greve. Entre elas, estão BRQ IT, Lan Designers, BSI informática, ABC Technology, Action W, Airon Inovação, Alliance – As Plus, Assurance.
Os acordos alcançaram reajuste nos salários de 7,5% – 2% de aumento real-, nos pisos de 8%, VR de R$15 sem desconto algum para os trabalhadores, negociação de PLR.
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