"Não encontrávamos profissionais que pudessem preencher essas vagas e, apesar da diferença cultural, os dois têm colaborado muito com o time de desenvolvedores que estão muito mais entusiasmados e aprendendo sobre a cultura de outros países", afirma Ariadne Stringhini, responsável pela área de RH do Grupo Comunique-se.
O setor vive um verdadeiro apagão de mão de obra. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que, aproximadamente 78,5 mil vagas de TI serão criadas em 2014, ao passo que apenas 33,6 mil pessoas serão formadas para ocupá-las.
A área cresce 10% ao ano, em média, e a previsão é que chegue aos 12% em 2015, contrastando com o pífio crescimento do PIB. Mas a falta de profissionais capacitados pode até mesmo travar o crescimento do setor de tecnologia da informação no Brasil. A estimativa é de o número de vagas a serem preenchidas em 2015 chegue a 117 mil.
Apesar do crescimento do número de cursos voltados para TI e das inscrições, os dados são preocupantes. Um estudo da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) mostra que mais de 80% dos alunos não conclui o curso.
Outra solução encontrada pelas empresas de softwares foi promover treinamentos para capacitar e manter os funcionários. "Na era do conhecimento, os executivos entendem cada vez mais a necessidade do desenvolvimento contínuo e permanente das competências de seus colaboradores e, dentro desse contexto, o ensino à distância ganhou espaço no mercado", afirma a CEO da HSD, Susana Falchi.
Um dos sintomas típicos do déficit de profissionais qualificados é a distorção dos salários. Profissionais mais jovens, mas qualificados, passam a receber salários equivalentes a posições seniores, com mais tempo de atuação. "O crescimento da massa salarial nos últimos anos vem acompanhado pela queda de produtividade e da dificuldade de as empresas conseguirem mão de obra qualificada e reter talentos", destaca Susana.
Fonte: INC Empreendedor
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