Os funcionários da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev), após sete mesas de negociações realizadas em 2014, continuam se unindo em defesa dos direitos da categoria. Nesta terça-feira, 23, o Sindpd, representado pelos diretores José Hamilton Brandão e Sérgio Elias Rosa, convocou assembleia para tratar do reajuste salarial de 7,05%, da manutenção da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e do reajuste da cota de vale-alimentação.
Nas últimas negociações realizadas em Brasília, a Dataprev sugeriu que os benefícios de Gratificação Variável por Resultados (GVR) e Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) fossem aceitos como forma de melhorar os salários, o que gerou a indignação de muitos funcionários. A intermediação do Sindicato contou com a participação dos representantes da Organização do Local de Trabalho (OLT) a fim de reunir os trabalhadores para o debate e a votação do foco principal da convocação: reajuste salarial.
Para o diretor Brandão, a GVR e a PLR não são válidas como composição de salário. "No momento em que o trabalhador se aposentar, essas verbas não entrarão na composição da aposentadoria, ou seja, não é um ganho real. A luta do Sindpd é para fazer com que todos se conscientizem que isso pode causar um grande impacto econômico no bolso do trabalhador", alertou.
Além disso, a Dataprev propôs a redução de quinze cláusulas da Convenção Coletiva, o que também se tornou uma preocupação latente do Sindicato e discutida na ocasião. "A CCT é uma conquista dos trabalhadores e não pode ser decidida pelo empregador", lembrou o diretor do Sindpd.
Na 7ª mesa de negociação, realizada no dia 27 de agosto, a Dataprev chegou à proposta de 6,28% de reajuste, com a promessa de ser mantido o Acordo Coletivo. No entanto, os funcionários permanecem mobilizados para lutar por um índice maior. "Nos últimos anos, demorou de 10 a 12 meses para serem definidos quais seriam os reajustes", pontuou um dos trabalhadores. "Eu, como trabalhador, valorizo a mim e a minha mão de obra. Se nós não valorizarmos nossa mão de obra, quem vai valorizar? A hora é de unir nossas forças à representatividade do Sindicato", refletiu, durante a votação.
O valor de reajuste salarial de 7,05% foi aprovado por unanimidade, forçando a empresa a repensar a proposta anterior. A 8ª rodada de negociação será realizada no dia 8 de outubro de 2014, quando novamente as decisões em assembleia serão levadas pelos representantes dos mais de 250 trabalhadores da capital paulista.
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