No início da tarde desta segunda-feira, 17, os profissionais de TI da Cobra Tecnologia deliberaram em assembleia o início da paralisação, por prazo indeterminado, a partir do dia 25 de novembro. A decisão foi motivada pela intransigência da diretoria em avançar na negociação das pautas sobre assédio moral, reajuste salarial, equivalência no plano de saúde e licença prêmio, além de periculosidade para técnicos de campo.
Durante a 4ª mesa de negociação, realizada na última sexta-feira, 14, no Rio de Janeiro, a empresa manteve a proposta de 0.5% de aumento real, desconsiderando a reivindicação da categoria, que pedia reajuste de 5% mais a variação integral do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), apurado pelo IBGE. Na ocasião, a Cobra Tecnologia também não apresentou contraproposta sobre o pedido de equivalência no plano de saúde e licença prêmio, já que a empresa custeia os benefícios para os funcionários contratados até 3 de outubro de 1996, mas não o faz para os profissionais recém-admitidos. A companhia não avançou na oferta de auxílio-refeição, que se manteve no valor facial de R$26,44, cedido por vinte e dois dias.
"Entendemos que a Cobra Tecnologia tem condições financeiras para melhorar as propostas, mas ela está sendo intransigente ao não permitir o avanço das pautas. A decisão dos trabalhadores pela greve, além de legítima, demonstra que a empresa não tem respeitado aqueles que são a força maior para o sucesso do negócio. A partir desta deliberação, vamos cumprir todos os ritos legais de greve, para que a mobilização obtenha os resultados esperados pelos trabalhadores", ressaltou o diretor do Sindpd Celso Lopes.
Com a paralisação, os profissionais da Cobra querem garantir maior equidade salarial e de benefícios; reajuste salarial com ganho real e fim do assédio moral na empresa responsável pela segurança e qualidade de atendimento de um dos maiores bancos da América Latina, o Banco do Brasil.
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