No último sábado, 10, o Sindpd, em parceria com a Igreja Evangelho Quadrangular, realizou a 6ª edição do Festival Criança Feliz. A iniciativa, além de comemorar o Dia das Crianças – celebrado em 12 de outubro no Brasil -, propõe a integração do Sindicato com os moradores do bairro Santa Cecília, por meio de atividades que possam contribuir com o desenvolvimento local. Nesta realização, cujo tema foi "o amor de Deus é tão profundo quanto o fundo do mar", mais de 1500 pessoas participaram.
Durante a abertura do evento, o presidente do Sindpd, Antonio Neto, destacou a evolução do Festival que a cada ano atrai mais público. "Estou profundamente emocionado por ver cada vez mais cheio. Que esta semente se reproduza por todos os lugares. Quero agradecer a cada um e a todos, e dizer que esta praça, também adotada pelo Sindicato e pela Igreja, será cada vez mais utilizada para que a comunidade do entorno possa usufruir deste nosso pedaço. Estamos profundamente orgulhosos, felizes e honrados em participar desta parceria para que possamos oferecer às crianças esta festa maravilhosa", afirmou.
Em discurso emocionado, a pastora da Igreja Evangelho Quadrangular, Ester Pires Ferreira Brancia, ressaltou o empenho de todos os envolvidos na iniciativa. "Estamos no sexto ano do Festival Criança Feliz e, em primeiro lugar, eu queria agradecer a todos que cooperaram, aos voluntários. Muito obrigada. Que Deus possa os abençoar tremendamente, porque foi um trabalho de quatro meses bem árduo, mas, graças a Deus, nós temos uma festa muito linda para apresentar para vocês", disse.
Diante da ansiedade dos que aguardavam o início das apresentações de dança das crianças da Igreja Quadrangular, a diretora do Sindpd e uma das coordenadoras da ação, Sandra Maria Domingues Bueno, foi categórica em sua manifestação. "Esta parceria nasceu com amor e com fé. Graças a Deus, e com a colaboração de todos, a gente conseguiu dar esta alegria para todas as crianças".
À espera da liberação de acesso aos brinquedos para a diversão da filha de 9 anos, Luiz Fernando Baptista, morador do bairro, elogiou as ações em prol das crianças. "Toda iniciativa para elas, que estão bem carentes deste tipo de atividade, desde educação até diversão, é bem-vinda. E quando se trata de comunidade, em que as pessoas se unem, e têm a possibilidade de propor às crianças uma atividade boa, a ação é bem-vinda. Eu acho que nós só temos a agradecer ao Sindicato, à igreja e aos outros colaboradores. Talvez, se não tivesse esse evento, as crianças nem tivessem o que fazer neste dia", ponderou.
Desafiando o discurso do dramaturgo francês Jean Baptiste Poquelin Moliére (1622-1673), que afirmava que "é comprida a estrada que vai desde a intenção até à execução", a advogada Beth Fagundes trouxe um ônibus com 45 pessoas, direto da Vila Guilherme, para participar do Festival. "Eu pensei: será que eu vou ter condições de levar as crianças? Aí eu fui pedindo para um, para outro, e consegui locar um ônibus para trazê-las. Estou desde segunda-feira [5 de outubro] organizando", disse.
Beth contou à imprensa do Sindicato que teve conhecimento da ação quando acompanhou o marido, Rogério Jovêncio, para fazer homologação na sede do Sindpd. "Eu vi no panfleto escrito O amor de Deus é tão profundo como o fundo do mar, e eu pensei: é isto mesmo! Eu sei de onde eu saí. Tenho 57 anos, sou formada em direito, filha adotiva, e eu sei o que Deus fez na minha vida. Por isso que eu amo fazer este trabalho. Eu acho que Deus coloca anjos no nosso caminho", finalizou.
Mas engana-se quem pensa que o Festival não atraiu também os associados do Sindicato. Em sua primeira participação na ação em homenagem às crianças, a sócia Talita Santos Portela Araújo elogiou os projetos sociais do Sindpd. " Eu avalio de forma bem humana, porque, apesar do Sindicato ser uma organização voltada para a área de tecnologia, ele trabalha este lado humano. Eu acho isto bem favorável, não só para nós que somos associados, mas para a comunidade também, porque integra", contou.
A moradora Valdirene Barbosa ressaltou a importância do evento para a reconstrução da imagem do bairro. "A gente vê o quanto esta parceria valoriza nosso bairro, trazendo gente para cá, gente de fora, para que possam se sentir bem. Infelizmente, o centro de São Paulo ainda está muito sujo perante a sociedade, em razão da cracolândia. Então quando a gente faz eventos como este daqui, dá uma visão mais positiva sobre o que é possível fazer em termos de integração com as pessoas", apontou.
Para o funcionário do Sindicato Iago Nunes de Carvalho Vitorino, que trouxe os três filhos pela primeira vez ao Festival, o maior mérito da ação é seu fim social. "Este evento é muito importante, porque as crianças podem brincar e se divertir, coisa que as vezes elas não podem fazer. Tem criança que não tem acesso a este tipo de evento, que nunca participou deste tipo de atividade", reconheceu.
Diante de brinquedos como escorregador gigante, pula-pula, touro mecânico, piscina de bolinhas, futebol e espuma e tantos outros, a adolescente Larissa Aparecida da Silva resumiu o sentimento da criançada. "Estou achando muito legal. É um momento onde as crianças se divertem. Um lugar onde podem se expressar melhor do que dentro de casa", disse.
No encerramento da festa, todas as crianças receberam uma lembrança desta sexta edição: uma lancheira com squeeze, lápis de colorir, massinha de modelar, além de doces.
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