Os trabalhadores da Cobra Tecnologia decidiram entrar em greve na última sexta-feira, dia 13, depois de assembleia realizada pelos diretores do Sindpd Celso Lopes e José Hamilton Brandão em frente à sede da empresa, em São Paulo. A paralisação terá início dia 18 de novembro e segue por tempo indeterminado. A decisão foi tomada logo após a empresa não aceitar a proposta descrita na pauta de reivindicação da categoria, que se refere à Campanha Salarial 2015/2016.
Em negociação, a empresa propôs reajuste salarial de apenas 4%, abaixo da inflação dos últimos doze meses – que é de 10,33% – segundo o Índice de Custo de Vida do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (ICV-DIEESE) -, abono de R$ 500 (parcela única), auxílio-refeição de R$ 700,57 e aumento de 9,49% sobre os demais benefícios constantes nas cláusulas do Acordo Coletivo em vigência.
A direção da Cobra alega ainda que não vai mais negociar os índices, já que o oferecido, na visão da empresa, segue a orientação do cenário econômico atual e que é necessário ter cautela e levar em consideração o que foi disponibilizado em outros anos para os trabalhadores. "A Cobra deixou claro que não vai mais negociar, e mediante isso nossa única resposta é aderir à greve. A atual movimentação está acontecendo pelo fato de que a empresa não soube negociar com os trabalhadores", explica Luiz Felipe, técnico administrativo da Cobra há 3 anos.
Mais de 10 Estados já haviam aderido à greve. Em São Paulo, cerca de 147 trabalhadores estiveram presentes na assembleia para manifestar a indignação diante da resposta da empresa e reivindicar seus direitos. "Acredito que esse movimento grevista força a empresa a levar em consideração a nossa reivindicação, já que temos um grande número de trabalhadores paralisados. A Cobra simplesmente decidiu travar as negociações. Essa atitude mostra a total falta de respeito com os funcionários", afirma Daniel Paulo dos Santos, técnico administrativo da Cobra e representante da OLT.
Para o diretor Celso Lopes, a empresa "forçou" os trabalhadores a entrarem em greve a partir do momento em que se posicionou contra a pauta e decidiu não mais negociar. "Como representantes da categoria, não podemos orientar o trabalhador de outra forma, a não ser entrar em greve. Sem a mobilização não vamos conseguir negociar nenhum reajuste. E isso é um desrespeito aos trabalhadores, que têm desempenhado grande crescimento para o setor", ressaltou.
Os diretores Wagner Grassi Gomide, Marcos Antonio Kronka e José Roberto de Souza, das regionais de Bauru, Campinas e Ribeirão Preto, respectivamente, também reuniram os trabalhadores das filiais da Cobra, que – por votação unânime – aderiram à greve durante as assembleias realizadas na sede do Sindicato em cada cidade.
Ouça os jingles dos funcionários da Cobra Tecnologia
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