Na última terça-feira, dia 01, o diretor do Sindpd Celso Lopes esteve reunido com representantes da Cobra Tecnologia em audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Os empregados estavam em greve desde o dia 18 de novembro, depois de a empresa oferecer proposta de aumento salarial bem abaixo da inflação (4%). Clique aqui para ler a matéria. Após pedido de contingenciamento de 30%, feito pela companhia, a categoria decidiu manter a paralisação, uma vez que a Cobra não aceitou a contraproposta de 5%, bem como reiterou que não mais negociaria as cláusulas da pauta de reivindicação da Campanha Salarial de 2015/2016.
"Nossa única saída era entrar com pedido de dissidio coletivo de greve. A empresa não quis negociar, e os valores oferecidos eram considerados desrespeitosos. Temos que lutar pelo direito do trabalhador, e é isso que fizemos. Não conseguimos o esperado de 10,33%, mas os 9% oferecidos durante a negociação foram aceitos pelos trabalhadores. Avalio como um bom resultado", afirmou Celso, que esteve à frente da negociação.
Durante a audiência, foi apresentada a proposta de 9% para o reajuste salarial, que será retroativo a 1º de outubro, mais 9,5% (inflação acumulada no período) a todos os benefícios do Acordo Coletivo. A Justiça ainda determinou que o vale-refeição e alimentação serão ajustados em 10,4%, percentual que corresponde à inflação. "Levando em consideração a atual conjuntura e como tem sido o julgamento do Tribunal, estamos fechando um bom acordo. Os índices que foram repassados a 9,5% atenderam à inflação, e os benefícios de VR e VA superaram-na", completou o diretor.
Outra questão abordada no TST foi o pedido de abono aos dias de greve. O Tribunal estabeleceu que dos 16 dias de paralisação, os funcionários devem compensar 10, dentro do prazo de 180 dias. "Abonaram 40%, e os outros 60% os trabalhadores terão um prazo de 180 dias para compensar, ou seja, uma ótima conquista. Em especial, quero ressaltar que a conquista se deu através da mobilização do trabalhador, não só de São Paulo, mas do Brasil todo", finalizou Celso Lopes.
Os trabalhadores aceitaram os percentuais estabelecidos pelo TST depois de tomarem ciência da proposta nas assembleias realizadas em vários estados.
Confira a cobertura da negociação nas matérias abaixo:
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