Os trabalhadores aprovaram, nesta segunda-feira (16), o Acordo Coletivo Complementar de Trabalho 2016 da Prodam – Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação. Em assembleias realizadas na sede da estatal, localizada na Av. Francisco Matarazzo, e na unidade Pedro de Toledo, os funcionários discutiram e votaram pelos reajustes dos benefícios e pela reposição salarial, que chegará a 10,67%.
Negociada para equiparar-se ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 2015, a correção na folha de pagamento dos profissionais será feita em duas parcelas. De janeiro a outubro, os trabalhadores receberão os primeiros 8,5% de reajuste, que serão somados aos 2,17% estabelecidos para os últimos meses do ano – "uma evolução" segundo o funcionário Celso Carlos de Toledo.
Membro da comissão de trabalhadores da empresa, o analista administrativo afirma que a negociação do Acordo Coletivo 2016 "foi uma das melhores" para o atual momento econômico brasileiro. "Acredito que nós evoluímos bastante no debate. Fizemos uma negociação muito importante perante o panorama da conjuntura do País", avalia o funcionário.
Francisco Luiz Leal compartilha da opinião de Toledo. Há três anos no quadro de funcionários da empresa, para o trabalhador, o compromisso firmado alcançou um resultado favorável aos colaboradores da estatal. "Eu achei o acordo muito interessante em relação ao cenário que o Brasil está vivendo. Na minha visão, é uma situação muito complicada e [ainda assim], o acordo foi bom a todos os trabalhadores da Prodam", analisa.
As cláusulas sobre vale-refeição e auxílio-alimentação foram outras pautas destacadas durante as reuniões. Com a aprovação das propostas, os funcionários passarão a receber R$ 30, nos meses de junho e julho, e R$ 32 a partir de agosto. No caso do primeiro benefício, o aumento representa um salto de mais de 23% em comparação ao direito conquistado no acordo do ano passado.
"Acredito que todas as cláusulas são importantes para o trabalhador, mas as maiores são os benefícios de vale-alimentação e refeição. Hoje, a parte alimentícia não é só você almoçar, é ajudar você a compor a comida na sua casa. Então, é nisso que o benefício auxilia. [Ele] agrega à remuneração", ressalta o trabalhador Milton Aguirre Junior.
Funcionário da Prodam há quase 29 anos, Celso Favarine Silva também salientou ambos os auxílios e atribui as deliberações bem-sucedidas à atuação do Sindpd na mesa de negociação. "A participação do Sindpd é excelente porque ter o Sindicato ao nosso lado é uma forma de nos se sentirmos mais seguros", conta Silva, ratificado pelo colega Celso de Toledo. Para o membro da comissão, "tem de ser reforçado que não existe negociação sem Sindicato". "É preciso ter um Sindicato para intervir, e o nosso não deixa nada a desejar", completa.
Após seis rodadas de negociação junto à diretoria da Prodam, ainda foram reajustados os auxílios creche, estudo/ educação, funeral e aos pais com filhos deficientes. Todos em 8,5%, de janeiro a junho, e 10,67% a partir de julho de 2016. As mães e pais, por exemplo, terão direito aos valores de R$ 257,95 ou R$ 515,90 para os filhos matriculados em creches por meio período ou em tempo integral no segundo semestre do ano. Já as responsáveis por crianças deficientes, além dos R$ 1.633,91 de auxílio, poderão ter licença-maternidade de seis até sete meses.
De acordo com o vice-presidente do Sindpd, João Antonio Nunes, o Acordo Coletivo Complementar de Trabalho da Prodam é composto por cerca de 46 cláusulas que têm como objetivo melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores da estatal. Segundo o dirigente, "o acordo aprimora ainda mais a Convenção Coletiva da categoria, considerada uma das melhores do Brasil".
"Nós fazemos a negociação do acordo complementar na Prodam há mais de vinte anos. Então, dentro dele existem condições mais favoráveis ao pagamento de indenizações, da complementação do auxílio doença e do auxílio aos pais de filhos excepcionais, para exemplificar. Os trabalhadores da Prodam são muito dedicados e muito conscientes daquilo que precisam e sabem fazer, mas, sem dúvida alguma, pessoas motivadas produzem mais e com maior qualidade. Então, a renovação é o reconhecimento da empresa às cláusulas do Acordo Coletivo trazem essa vantagem e tranquilidade aos trabalhadores da Prodam", conclui Nunes.
Os diretores Edison Alexandre Galli e Pedro Luiz Saldanha também acompanharam a votação do documento, que inclusive aprovou os reajustes no adicional noturno, na complementação do auxílio-doença e no seguro de vida dos funcionários.
,
,
,
,
,
,
,
,
,
,
,
,