Na tarde desta quinta-feira (26), foi realizada uma audiência de conciliação de Dissídio Coletivo no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região visando um acordo para a Campanha Salarial 2021, que terminou sem acordo entre as partes.
O Sindpd, representante dos trabalhadores em Tecnologia da Informação, fez proposta para a manutenção de todas as cláusulas da Convenção Coletiva, reajuste das cláusulas econômicas com aumento real e a extensão para 180 dias da licença maternidade. O Seprosp, entidade patronal, rejeitou a proposta de reajuste e os 180 dias de licença maternidade. Pior! Apesar de ser o setor econômico que mais cresceu no último período, os patrões ofereceram um índice inferior ao INPC do período e uma proposta que visa liquidar a sustentação financeira e a independência do Sindpd.
“Com todo o respeito, mas me parece que os representantes do Seprosp estão vivendo no ‘mundo de Bob’. Vivem em um mundo onde a inflação não estão corroendo salários e onde não há prática antissindical. Mas na prática os trabalhadores sabem o que está ocorrendo: arrocho salarial, uma carestia asfixiante, assédio, coação, prática antissindical e desrespeito aos direitos conquistados”, afirmou Antonio Neto, presidente do Sindpd.
O presidente do Sindpd lembrou que o sindicato vem fechando acordos coletivos com pequenas, médias e grandes empresas, em assembleias virtuais, garantindo a manutenção de todas as cláusulas e até mesmo com aumento real.
“Somente as empresas que querem liquidar os direitos dos trabalhadores se negam em fechar um Acordo Coletivo. Infelizmente o Seprosp vem se deixando ser dirigido por essas empresas que precarizam, desrespeitam e insistem em asfixiar o sindicato. Que fique claro que não vamos aceitar a retirada de direitos, um reajuste vergonhoso e nem que tirem nossa independência”, disse Neto.
Com a impossibilidade de conciliação, o caso foi enviado ao MPT para manifestação antes da designação do relator do processo no Tribunal.
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