Ex-secretário de Subprefeituras de São Paulo, Alexandre Modonezi pediu exoneração do cargo de diretor-presidente da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo (Prodam) menos de 40 dias após assumir a função.
Modonezi – que assumiu o cargo no dia 2 de janeiro – alegou que o pedido de exoneração foi motivado por questões pessoais. Fundada em 1971, a Prodam é o braço tecnológico da Prefeitura de São Paulo e oferece serviços a diversas secretarias e órgãos municipais.
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Assim que assumiu o cargo na Prodam, Modonezi exonerou 40 funcionários do órgão e, assessorado por 13 pessoas que nomeou, disse ter feito uma “varredura” em processos internos e documentos antes de renunciar. Ele também havia trocado a fechadura de sua sala na empresa.
Ao ser questionado pelo site Metrópoles, Modonezi disse que as decisões sobre as exonerações foram tomadas pelo governo e que não falaria sobre elas estando fora da gestão.
A Prefeitura de São Paulo anunciou na última quarta (12) que Francisco Forbes será o novo diretor-presidente da Prodam. “Ele assume o posto após análise do conselho gestor com o pedido de demissão de Alexandre Modonezi por questões pessoais”, informou a Prefeitura.
Francisco Forbes foi CEO da Whoosh no Brasil, empresa de patinetes elétricos que em dezembro do ano passado firmou convênio com a prefeitura para prestação de serviço na “operação piloto”, disponibilizando 1000 patinetes na cidade.
Demissões em massa e “desaparecimento“
Após demitir 40 pessoas, Modonezi teria desaparecido da empresa, ficando incomunicável e sem cumprir expediente ou comunicar a ausência aos subordinados. A atitude do ex-secretário provocou uma apreensão nos funcionários, que ficaram sem saber como alguns processos, como aprovação e liberação de pagamentos, iriam funcionar.
Edson Aparecido, secretário de Governo da prefeitura, negou que a ausência de Modonezi tenha causado algum problema no funcionamento da empresa. “Não travou processo interno nenhum, todos os processos lá já tinham sido trocados pelo antigo presidente. E os diretores da empresa estavam tocando. Não teve problema nenhum. Janeiro é um mês de transição em todas as secretarias e empresas”, disse.
Por meio de uma nota da sua assessoria, Modonezi disse que ele e seus 13 assessores, “um grupo formado por advogados, administradores e gente ligada à tecnologia”, apenas “tomaram conhecimento dos processos”. “Absolutamente condizente com o compromisso com a cidade. Até para dar andamento, é preciso saber, conhecer, estudar”, afirmou.
(Com informações de Metrópoles)
(Foto: Reprodução/Freepik)