Um novo sistema chamado Origem Verificada foi implementado para reforçar a segurança nas comunicações por telefone, com o objetivo de combater práticas fraudulentas como spoofing e robocalls.
Criado por meio de uma parceria entre a Anatel e as operadoras de telefonia, o recurso identifica chamadas feitas por empresas, mesmo quando os números não estão registrados na agenda do celular. O serviço é gratuito para os usuários e não exige nenhum tipo de instalação, mas só funciona em dispositivos com suporte às redes 4G ou 5G.
Leia: Brasil lidera aprovação de diretrizes inéditas em TI no Brics
Até agora, apenas Bradesco e Santander oficializaram sua participação na iniciativa. Para que as chamadas possam ser reconhecidas pelo sistema, é necessário que as empresas contratem esse serviço junto às operadoras.
A tecnologia utiliza o protocolo internacional STIR/SHAKEN, que assegura a veracidade da ligação ao verificar se o número exibido corresponde, de fato, ao da empresa. Essa autenticação ocorre em tempo real por meio de um banco de dados mantido pela ABR Telecom.
Perspectivas
A Anatel estima que, até o final do primeiro semestre de 2025, cerca de 75% dos smartphones em uso no Brasil estarão aptos a receber chamadas validadas. Entre os aparelhos compatíveis estão:
- iPhones com iOS 18.2 ou superior: exibem nome, número e logotipo da empresa.
- Celulares Samsung com Android 14 ou superior: mostram todos os dados, incluindo selo de verificação e razão da chamada.
- Outros modelos com Android entre as versões 11 e 14: apresentam nome da empresa, número de telefone e selo de validação.
A proposta é reduzir significativamente as fraudes em que golpistas se passam por instituições legítimas para obter informações pessoais. Um caso que chamou atenção envolveu uma mulher que foi enganada por um falso call center e perdeu R$ 7.800 após fornecer dados sensíveis.
Embora 52 operadoras já estejam utilizando o Origem Verificada, a adesão por parte das empresas que fazem chamadas ainda é restrita. Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), a implementação da ferramenta é uma escolha individual de cada banco.
Já a Associação Brasileira de Telesserviços (ABT) informou que empresas que realizam telemarketing ativo estão atualmente em fase de testes com o sistema.
(Com informações de Portal Tela)
(Foto: Reprodução/Freepik)