Durante discurso no 60º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), em Goiânia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e declarou que o Brasil irá estabelecer impostos sobre “empresas digitais norte-americanas”.
O presidente brasileiro criticou a falta de retorno por parte do governo dos EUA a respeito das propostas que o Brasil fez a respeito das novas tarifas comerciais. “Não recebemos nenhuma resposta. A resposta que nós recebemos foi a matéria publicada no jornal, no email dele, no Zap [WhatsApp] dele, no portal dele, porque ele não se dignou nem sequer a mandar uma carta”, afirmou, em contraste com a iniciativa do Itamaraty, que nesta semana encaminhou uma carta formal ao governo americano.
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“Eu tenho certeza de que o presidente americano jamais negociou 10% do que eu negociei na minha vida”, completou Lula, que voltou a questionar os fundamentos para a adoção do tarifaço e ironizou a menção de Trump ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como um dos motivos para a medida.
Segundo o governo brasileiro, a decisão de Trump teria motivações políticas, e os argumentos econômicos apresentados não se sustentariam. Um relatório recente da Amcham Brasil apontou que os Estados Unidos – desde que Trump assumiu o governo – registraram superávit comercial de US$ 1,7 bilhão em relação ao Brasil — crescimento de cerca de 500% em comparação ao mesmo período de 2024.
“Não é um gringo que vai dar ordem a esse presidente da República. Não é. Eu sei quem eu devo respeitar nesse país, eu sei quem é que manda nesse país, eu sei quem faz esse país ser o que é: o nome dessa pessoa só tem quatro letras, chama-se povo brasileiro”, afirmou Lula, em tom desafiador a Trump.
Big Techs na mira
Lula também anunciou que pretende avançar com a regulação e a cobrança de tributos sobre as big techs norte-americanas — uma pauta que, até agora, tem encontrado entraves no governo. “Eu queria dizer para vocês que a gente vai julgar e vai cobrar imposto das empresas americanas digitais. Nós não aceitamos, em nome da liberdade de expressão, você ficar utilizando [as redes] para fazer agressão, para fazer mentira, para prejudicar”, declarou.
A fala contrasta com o tom adotado por outros membros do governo em uma reunião recente com empresários. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) se encontrou com representantes da indústria, do agronegócio, de bens de consumo e com executivos de grandes multinacionais americanas, e sinalizou interesse em reduzir encargos, sem mencionar novas taxações.
Reações divididas dentro do governo
Apesar da retórica mais dura por parte de Lula, outros integrantes do governo têm adotado uma abordagem mais conciliadora, priorizando o diálogo à retaliação imediata. Empresários que participaram das conversas com Alckmin não se manifestaram publicamente contra a possível resposta brasileira, mas reiteraram que a solução deve vir por vias diplomáticas.
Enquanto isso, ministros aliados mantêm o tom crítico. No mesmo evento da UNE, o ministro da Educação, Camilo Santana, classificou as tarifas impostas por Trump como “injustificáveis”. Já Luciana Santos, da Ciência e Tecnologia, cobrou “respeito” ao Brasil. Ontem, Rui Costa (Casa Civil) ironizou a investigação econômica anunciada pelos Estados Unidos na terça-feira.
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(Com informações de UOL)
(Foto: Reprodução/Gov.br)