Transição tecnológica – O Sindpd-SP (Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação de São Paulo) participou de debates em torno da transição tecnológica e defesa dos trabalhadores durante a etapa paulista da II Conferência Nacional do Trabalho (CNT), realizada nesta quinta-feira (4) na sede da Superintendência Regional do Trabalho em São Paulo. O sindicato foi representado pelo vice-presidente da entidade, José Gustavo Oliveira Netto, e pelo diretor Paulo César de Almeida.
A abertura do evento contou com a participação do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que dedicou grande parte do seu discurso aos impactos do avanço da tecnologia no mercado de trabalho e para alertar que toda a sociedade – governo, empresas e trabalhadores – deve se preparar para essas transformações, tirando o melhor proveito delas.
“Nós temos a missão de cuidar bem das nossas transições, climática, energética e a tecnológica mais do que nunca, com o avanço da inteligência artificial. Quem não se adaptar, vai ficar para trás. Portanto, nós temos desafios imensos de qualificar e capacitar a nossa mão de obra, capacitar as nossas mentes para entender, interpretar e atuar para evitar os vários problemas que possamos ter”, disse.
Ele ressaltou que o ministério já conta com diversas parcerias e iniciativas voltadas à qualificação profissional com foco na transformação digital, que estão à disposição de empresas e trabalhadores e que podem ser levadas mais longe com colaboração local. Conforme explicou Marinho, a ideia é que estações de qualificação sejam instaladas no maior número possível de locais a partir de parcerias com empresas, sindicatos e entidades em geral.
“Há algumas bandeiras que a sociedade também precisa tomar para si para avançarmos. A atualização digital é urgente e deve ser uma tarefa de toda a sociedade para que o Brasil siga crescendo”, afirmou.

Tecnologia em destaque
A CNT é um fórum tripartite – com número paritário de representantes do governo, dos trabalhadores e dos empresários – voltado à elaboração e discussão de propostas que servirão de base para a construção de políticas públicas no âmbito do trabalho a serem implementadas nos próximos anos.
Nesta edição, os debates foram divididos em dois grandes eixos temáticos, sendo um deles focado nas transformações no mundo do trabalho “diante das transições tecnológica, digital, ecológica/ambiental e demográfica”, com o objetivo de “discutir os impactos dessas transições sobre empregos, profissões, competências, saúde, segurança e a regulação do trabalho”.
O outro eixo do encontro era voltado ao desenvolvimento de políticas públicas para a promoção do emprego, do trabalho decente e da transição justa. O foco foi definir políticas articuladas e sustentáveis para proteção social, emprego, renda e inclusão produtiva
As bancadas passaram o dia debatendo ideias e, ao final, cada uma apresentou suas propostas, incluindo estratégias de proteção dos empregos e dos direitos diante dessas transformações e formas de preparar a todos para elas. As sugestões passaram por mudanças no Sine (Sistema Nacional de Empregos), no FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e diversas legislações.
Sindpd na vanguarda
Durante a conferência, empresários relataram que estão tendo dificuldades para encontrar mão de obra qualificada para o que buscam e da necessidade de cursos de qualificação que atendam às reais necessidade do mercado. Do outro lado, representantes dos trabalhadores argumentaram que, na realidade, têm faltado oportunidades e postos decentes de trabalho.
Observando esta tendência de desarticulação entre as demandas do mercado e a formação profissional, o Sindpd lançou o Sindplay em 2023, uma plataforma de qualificação profissional atualizada semanalmente com cursos antenados às tendências do setor. Em formato de streaming, a ferramenta já possui mais de 140 cursos, incluindo diversos treinamentos nas áreas com maior demanda de profissionais na TI, como cibersegurança, IA e computação em nuvem.
Sócios e contribuintes do Sindpd têm bolsa integral para acessar a plataforma, que já conta com mais de 20 mil alunos. A iniciativa faz parte do compromisso do sindicato em atender a categoria para além das negociações e defesa dos seus direitos, mas oferecendo serviços e benefícios que de fato façam a diferença na vida e na carreira do trabalhador.

(Fotos: Divulgação/CSB)
