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30 de Janeiro de 2013
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Categoria de TI abre as negociações salariais de 2013 com aumento real
Trabalhadores do setor em São Paulo terão reajuste entre 7% e 9,4%

Com data-base em 1º de janeiro, a negociação salarial da categoria de TI de São Paulo definiu reajuste dos salários de 7%. O índice representa aumento real de 1,2% frente ao IPCA e 0,8% considerando a inflação de 6,2% segundo o INPC. Os trabalhadores do setor terão ainda melhorias em benefícios como Participação nos Lucros e Resultados (PLR), vale-refeição e auxílio-creche.
 
Foram ao todo quatro rodadas de negociação sem fechamento de acordo, que só foi firmado após o Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd) levar a última proposta oferecida pelos empresários para assembleia com a diretoria da instituição.
 
Além do reajuste de 7% dos salários, ficou definido que todas as empresas da área que possuam mais de 40 funcionários terão que apresentar proposta para pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O vale-refeição deve ser reajustado em 20% - passando para R$12 diários e o reembolso de auxílio-creche para a ser de 35% do salário normativo. Além disso, as companhias ficam obrigadas a apresentar políticas de viagem e reembolso de quilometragem. Os pisos terão reajustes que variam de 8,1% a 9,4%.
 
O presidente do Sindpd, Antonio Neto, considera os avanços importantes, mas afirma que ainda é preciso melhorar as condições de trabalhado da área para atrair novos profissionais e solucionar o problema da escassez de mão de obra.
 
"Avançamos em vários aspectos. Teremos aumento real e nos benefícios. São conquistas importantes para o trabalhador. A relação que o Sindpd tem com o sindicato patronal sempre foi a de cooperação para a melhoria do mercado e das legislações que protejam o setor", reiterou Neto. "Por isso, mais uma vez afirmo que precisamos valorizar a categoria para acabar com o problema da escassez de mão de obra especializada. Há um paradoxo na postura dos empresários, que reclamam da falta de mão de obra especializada. Mas quando vimos aqui e falamos em melhoria dos salários, bolsa-estudo, VR, PLR, pisos, questões essas que criam uma profissão atraente para novos profissionais, encontramos muita resistência. Isso nos mostra que os patrões ainda não se conscientizaram de que é valorizando e investindo em seus funcionários, qualificando, tornando a área atraente, é que iremos modificar esse cenário tão prejudicial ao crescimento e competitividade do setor dentro e fora do país", concluiu.
 
O dirigente ressaltou ainda que não concorda com a avaliação do patronato em relação aos reflexos da economia no setor. O baixo crescimento econômico do país em 2012 foi o principal argumento do sindicato patronal para travar o índice de reajuste salarial em 7%.
 
"Houve retração da economia no ano passado, o que irá refletir em todas as negociações de 2013. Mas os números do nosso setor são números bons, com previsões otimistas. Em 2012, o setor cresceu  três vezes mais que o PIB no primeiro trimestre e mais que o dobro no segundo. Especialistas apostam o Brasil como a terceira ou quarta potência de tecnologia nos próximos anos. É com essa visão que trabalhamos", afirmou o presidente do Sindpd.



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