Trabalhadores do Brasil
Entre os anos de 1995 e 2002, o Brasil e os trabalhadores amargaram um dos piores períodos de sua história. O país foi tomado pelo governo mais corrupto, degenerado, vende-pátria e anti-povo que já se teve notícia.
Esse governo – representante dos cartéis internacionais e do que há de mais podre e reacionário – usurpou o patrimônio público e entregou-o nas mãos dos monopólios estrangeiros. Entregou a Vale do Rio Doce, a Telesp, o Banespa, a Eletropaulo, a Embratel, a CPFL, a Cesp, a Light, o Metrô do Rio de Janeiro. Entregou o Banerj, o Banestado, o Bemge, o Credireal. Doou quase toda a malha da Rede Ferroviária Federal, inclusive a Malha Paulista. No total, as doações de empresas iniciadas por Collor e intensificadas por Fernando Henrique nos tiraram 121 empresas estatais, juntamente com milhares de empregos, milhares de sonhos e jogaram milhões de brasileiros na fome e na miséria.
Ao longo de oito décadas, os brasileiros doaram o seu sangue para construir os mais avançados setores de petroquímico, químico, siderúrgico, energético e telefônico. Todos foram doados.
Esse grupo de rapinas se aboletou no poder e aumentou brutalmente a dívida brasileira, que saltou de R$ 60 bilhões em 1994 para mais de R$ 600 bilhões em 2002, drenou nossas riquezas para os especuladores por meio de juros extorsivos, que chegou a atingir 54,5% em 1995, e deixou o país vegetando durante oito anos, sem crescimento econômico, sem geração de empregos, vendo suas empresas públicas e privadas sendo desnacionalizadas, atolando o país no apagão, no aumento da criminalidade e jogando milhões de brasileiros no desespero da fome e da falta de esperança.
Os trabalhadores e seus filhos sofreram muito. Entretanto, toda essa destruição e indignação serviu de argamassa para construir uma grande aliança para destruir o velho e iniciar a construção de um novo projeto, sob a liderança do companheiro Lula. Não vencemos só a eleição, mas derrotamos uma gigantesca estrutura do mal, encabeçada pela mídia para submeter o povo e impedir que os trabalhadores voltassem a ter empregos, comida e a enxergar no horizonte um futuro promissor para sua prole.
Se não tivéssemos tirado essa gente do poder em 2002, eles teriam levado até o fim a sua política de destruição. Não existiria mais o Banco do Brasil, Caixa Econômica, os Correios, Furnas, Itaipu e a Petrobrás estaria fatiada entre os estrangeiros, que drenariam nosso petróleo e não permitiriam que atingíssemos a auto-suficiência. Teriam acabado com as leis trabalhistas, com a Previdência, privatizado a saúde, a educação e tudo o que é público.
Como se pode ver, as eleições de outubro próximo não representam para o povo e para a Nação apenas uma escolha entre o candidato A ou B, um plebiscito de avaliação do governo ou um jogo de alianças políticas. É o futuro de nosso país, de nossos filhos, a felicidade do povo e a vida de muitos irmãos que está em jogo.
Em 2002, os trabalhadores se uniram para derrotar esta política e eleger Lula. A CGTB participou ativamente desta batalha. Durante o governo Lula, os trabalhadores tiveram muitas conquistas, grandes vitórias.
Lula barrou o processo de desmonte do Estado, editou lei reconhecendo legalmente as centrais sindicais; gerou quatro milhões de empregos, onze vezes a mais que o governo anterior; conquistou recordes de exportações; auto-suficiência na produção de petróleo; recuperação da infra-estrutura energética; inclusão de 11 milhões de famílias na rede de proteção social do Fome Zero, através do Bolsa Família e outros programas sociais; maior salário mínimo dos últimos 20 anos; redução de 13,7% no nível de desemprego; melhoria pela primeira vez em décadas no quadro da distribuição de renda; recuperação e expansão das universidades públicas; 200.000 bolsas a estudantes carentes nas universidades particulares; avanço da Reforma Agrária.
Lula dobrou as reservas internacionais, ampliou os investimentos do FAT, aumentando de R$ 6,9 bilhões em 2002 para R$ 21,2 bilhões em 2005, democratizou a participação da sociedade no governo, através dos conselhos (Consea, CNDS, CNI), implementou uma política externa soberana e baseada na solidariedade e respeito aos outros povos, barrou a ALCA, aumentou a produção agrícola, iniciou a luta pela erradicação do analfabetismo e, sobretudo, combateu a corrupção como nenhum outro governo jamais fez, desmantelando quadrilhas inteiras que foram montadas no governo anterior, como a dos vampiros, dos Correios, os sanguessugas e outras dezenas que se proliferam na gestão tucana.
No entanto, a campanha reacionária desencadeada pela mídia contra Lula e o povo mostra que as forças da direita querem o retrocesso. É nossa obrigação, como patriotas e brasileiros, defender o nosso país, organizar nosso povo para impedir esse retrocesso e construir a unidade das forças progressistas para reeleger Lula e para dar-lhe sustentação para aprofundar as mudanças que o país precisa, sobretudo, na política monetária. O que faltou a Lula para alterar esta política não foi vontade, mas força política para fazê-lo.
O governo sempre esteve em minoria no Congresso. Não teve base e acúmulo suficiente para aprofundar ainda mais as mudanças estruturais, principalmente na área econômica, onde existe muito a ser melhorado. Antes o capital financeiro levou nossas empresas, nosso patrimônio, mas ainda mantém o governo refém através da dívida, que é sustentada com o dinheiro de nosso suor. Para acabar com essa dependência, precisamos acumular mais forças, unir os setores nacionalistas da sociedade para libertarmos o Brasil da sangria externa.
Lula tem em suas mãos a responsabilidade de concluir a obra de Getúlio Vargas, isto é, por fim à espoliação, construir uma grande nação independente, com o seu povo feliz. Em pronunciamento à nação, no 1º de maio de 1940, o presidente Getúlio Vargas já afirmara que “o futuro do país repousa, inteiramente, em nossa capacidade de realização. Todo trabalhador, qualquer que seja a sua profissão é, a este respeito, um patriota que conjuga o seu esforço individual à ação coletiva, em prol da independência econômica da nacionalidade. O nosso progresso não pode ser obra exclusiva do Governo, sim de toda a Nação, de todas as classes, de todos os homens e mulheres”.
É neste sentido que a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil e a Central Brasileira dos Trabalhadores e Empreendedores, que iniciaram processo de fusão, decidiram unificar as forças com a Central Única dos Trabalhadores, com dirigentes da Força Sindical e com diretores de outras centrais na luta pela reeleição do presidente Lula e contra o retrocesso.
Precisamos unir nossas forças, utilizar nossas armas, que é a mobilização e a conscientização, para fazer frente ao cartel das comunicações e ao que existe de mais atrasado em nosso país.
Por isso o Presidente Nacional da CGTB, Antonio Neto, assim como alguns dos principais diretores da Central decidiram concentrar todos os esforços na campanha do presidente Lula. Também por esta razão que as Executivas das duas centrais, CGTB e CBTE, decidiram transferir o V Congresso, que seria realizado em agosto, para os dias 9, 10 e 11 de novembro, na cidade de São Carlos.
Como entidades que sempre lutaram em defesa da pátria, dos interesses dos trabalhadores e pela democracia não poderíamos nos furtar num momento tão delicado e decisivo para o país.
Está em nossas mãos a felicidade do povo e o futuro do Brasil. Trabalhadores, sindicalistas e demais brasileiros, a CGTB conclama a todos para se juntarem nessa batalha.
Viva Getúlio!
Viva Lula!
Viva os trabalhadores!
Viva o Brasil!
Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
Central Brasileira dos Trabalhadores e Empreendedores
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