O SINDPD e os integrantes da Comissão de Negociação da Prodam realizaram, na última quarta-feira (7), uma panfletagem na sede da empresa para conclamar os trabalhadores à mobilização caso a Convenção Coletiva 2010 não seja cumprida.
Desde janeiro, o SINDPD e a Comissão estão discutindo com a direção da empresa o acordo complementar. A direção da Prodam afirma que não pode implementar o acordo sem o consentimento do CPSEM (Conselho de Política Salarial das Empresas Municipais).
Para tentar agilizar a definição do CPSEM, representantes do SINDPD e dos funcionários da Prodam estiveram reunidos, no dia 19 de março, com o então secretário Municipal de Modernização, Gestão e Desburocratização da Prefeitura de São Paulo, Rodrigo Garcia, e com o presidente da empresa, João Otaviano Neto.
Tanto o secretário Rodrigo Garcia, como o presidente da Prodam, João Otaviano Neto, se mostraram sensíveis às reivindicações do SINDPD e se comprometeram a resolver o impasse o mais breve possível. Contudo, a definição ainda não foi tomada, criando uma situação de desconforto para os trabalhadores.
“O impasse está gerando uma situação muito desconfortável, uma situação explosiva, sem contar o prejuízo enorme para os trabalhadores. Na opinião do SINDPD e da comissão de negociação, podemos dizer que a Prodam parece estar querendo ganhar tempo para testar os limites dos seus empregados. É o mínimo que podemos afirmar após as inúmeras rodadas de negociação que realizamos. Sobre este ponto, é importante que todos tenham ciência de que a reivindicação dos trabalhadores da Prodam é de um aumento superior ao que foi garantido para toda a categoria. Este pedido está embasado em dois motivos”, afirma o panfleto distribuído na Prodam.
Para o vice-presidente do SINDPD, João Antonio Nunes, a proposta de aumento para a Prodam é maior do que a conquistada na CCT. “Como foi exposto para o ex-secretário Municipal de Modernização, Gestão e Desburocratização da Prefeitura de São Paulo, Rodrigo Garcia, e para o presidente da empresa, João Otaviano Neto, os 6% estão voltados para as empresas que ainda não praticam a jornada de 40 horas. Este não é o caso da Prodam. Portanto, o índice deste ano deve refletir o esforço feito pelos profissionais da Prodam nos anos anteriores, quando, em nome da recuperação da empresa, aceitamos reajustes menores do que os conquistados na CCT”.
Segundo o boletim do sindicato, os trabalhadores da Prodam estão dando a sua contribuição para que a empresa se torne uma referência para o país. Mas chegou a hora deste esforço, desta dedicação, deste empenho, se transformar em ganhos econômicos para os trabalhadores. Somente assim teremos o nosso esforço reconhecido. Não é de outra forma.
“Sempre procuramos negociar com responsabilidade e maturidade, mas os fatos demonstram que na Prodam continuamos na estaca zero, apesar de termos conversado com as diversas esferas da administração, que se mostraram “sensibilizadas” com a nossa situação. Os últimos anos foram decisivos para demonstrar que as empresas estatais, se bem administradas e comprometidas com seu corpo funcional, podem ser transformadas em exemplo para qualquer empresa privada”, acrescenta João Antonio.
Por estes e outros motivos, o SINDPD conclamou os trabalhadores para a mobilização através de uma assembléia que deverá ser convocada para a próxima semana.
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