Após as manifestações realizadas no último dia 18, o governo federal decidiu receber as centrais sindicais para discutir o aumento do salário mínimo e a correção da tabela do Imposto de Renda. Quem receberá os representantes do movimento sindical, no dia 26 de janeiro, será o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
Além do aumento do mínimo para R$ 580,00, as centrais pedem a correção da Tabela do Imposto de Renda. Alguns sindicatos, como o Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação), por exemplo, ingressaram na Justiça para que a correção da tabela do IR seja feita de acordo com a inflação de 2010 – 6,46%, segundo o INPC/IBGE -, o que tornaria isentos os trabalhadores que ganham até R$ 1.595,99.
“Nós reafirmaremos cada palavra que temos dito nas manifestações, ou seja, o governo deve ser mais sensível com os trabalhadores, deve conceder um aumento compatível com o crescimento da economia no ano passado e promover a correção da tabela do IR para evitar a corrosão dos salários. Este também é um problema sério, pois nós lutamos para conquistar um aumento salarial justo para ampliar a renda do trabalhador. Sem corrigir a tabela, muitos trabalhadores que eram isentos passam a pagar imposto devido ao aumento, fato que acaba diminuindo o ganho ao invés de aumentar. Ou seja, o que era para ser um benefício, vira uma dor de cabeça”,”, afirmou o presidente da CGTB e do Sindpd, Antonio Neto.
Paralelamente às negociações com o governo, os dirigentes das centrais prometem intensificar as pressões pelo aumento do mínimo no Congresso. “Em fevereiro, após a posse do novo Congresso, iremos fazer um trabalho intenso de mobilização para obter o apoio dos parlamentares ao nosso pleito. Negociaremos sim com o governo, mas não abandonaremos as manifestações”, destacou Neto.
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