Nesta manhã (7/2), o sindpd realizou manifestações e panfletagens em duas unidades da Tivit – São João e Transamérica – durante a entrada de seus funcionários. Diretores do sindicato conversaram com os trabalhadores sobre o impasse da negociação salarial e sobre os próximos passos que o sindicato tomará para garantir o sucesso das reivindicações, especialmente o aumento real de salário, PLR e auxílio-refeição.
Em conversa com os funcionários da unidade São João da Tivit, o dirigente João Barreto Santos Filho esclareceu dúvidas sobre a negociação e escutou sugestões dos trabalhadores. Outro sindicalista da equipe, José Hamilton Brandão Ferreira, classificou como excelente a receptividade e interesse dos profissionais. “Essa participação é determinante para conquistarmos os nossos direitos,” afirmou.
A atendente de call center, Sara Fontana, disse que tem acompanhado o andamento da negociação pelo jornal e diariamente no site do Sindpd. “Acho muito interessante ter acesso às informações, o sindicato está de parabéns por essa iniciativa”, reiterou.
No panfleto distribuído (segue link do material na íntegra no fim da página), o Sindpd reforça as reivindicações de aumento salarial, PLR, vale-refeição e ampliação dos pisos. Além de destacar o desempenho das principais empresas do segmento, como o da Tivit, que tem faturamento anual acima de 1 bilhão de reais.
A Tivit é uma das empresas que tem apresentado lucros extraordinários e denúncias de irregularidades. No segundo trimestre de 2010, a empresa reportou lucro líquido de R$ 19,6 milhões, o que representa um avanço de 128% sobre o registrado no mesmo período de 2009. A empresa acabou de inaugurar uma nova unidade em Santos, a 18ª da empresa, consumindo investimentos de R$ 35 milhões. Desde 2009, o faturamento anual da Tivit tem ficado acima de R$ 1 bilhão. Para este ano, a estimativa é de crescer dois dígitos.
Contudo, não são poucas as denúncias apuradas pelo Sindpd de que a empresa apresenta irregularidades no banco de horas e na escala de revezamento. A Tivit chegou a reconhecer que existam 400 horas pendentes no seu banco de horas. “Não permitiremos que algumas empresas esfolem nossos profissionais de TI para se vangloriar de aquisições mirabolantes e lucros vertiginosos; queremos apenas o que é nosso, isto é, um salário decente e condições dignas para exercermos o nosso trabalho”, disse o presidente do Sindpd, Antonio Neto.
Além da mobilização junto aos trabalhadores nas próprias empresas, o sindicato busca acordos diretos com empresários sérios, que valorizam seus profissionais. Celso Lopes, diretor no Sindpd, vê na aproximação um caminho para unir forças mas ressalta o fato de algumas empresas não estarem colaborando pela melhoria das condições de trabalho.
Diante do impasse, muitos trabalhadores estão propondo greve, fato que será analisado no decorrer do processo pela Comissão de Negociação. Para o presidente do Sindpd, Antonio Neto, o trabalhador pode ajudar a pressionar a empresa em que trabalha.
Informativo Sindpd – Clique para ver
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