São Paulo, 9 de fevereiro de 2011 – Diante do atual cenário da negociação do aumento do Salário Mínimo, o presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) e do Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores de Tecnologia da Informação), Antonio Neto, reafirma seu posicionamento sobre o assunto e lamenta a conduta do governo federal. “O debate em torno do salário mínimo é mais profundo do que parece. Além de não ser uma decisão econômica, ele representa qual será a direção política do governo, de um lado uma política arcaica, monetarista e míope e, de outro, o caminho da mudança dotado de mecanismos mais eficazes para combater inflação, porém menos prejudicial para a produção”, destaca.
O dirigente ainda tem esperança de que o rumo das negociações seja alterado e enfatiza que as Centrais Sindicais estão coesas e dispostas a lutar em qualquer terreno para assegurar que o poder de compra trabalhador brasileiro continue aumentando. Segundo Neto, os argumentos do governo para não conceder o aumento do Mínimo são muito frágeis. “Dizem que o governo não tem dinheiro. Contudo, injetar dinheiro no mercado interno gera mais arrecadação do que gasto. De cada R$ 1 colocado no mínimo, 56 centavos retornam. Alegam risco de inflação, mas sabemos que a inflação não é de demanda, ela é importada. Nos acusam de quebrar o acordo, o que não é verdade, pois se tem alguma coisa que preservamos é acordo, é palavra. E nós tivemos o compromisso do governo de que teríamos aumento real em 2011”, salienta.
“O governo está inflexível, esta tentando obter uma vitória contra os trabalhadores e contra o povo mais sofrido do nosso país. Nestes termos, todos saem perdendo, especialmente o Brasil, que interrompe o processo de ampliação da renda dos mais pobres. O governo está cometendo um grave erro”, disse Neto.
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