Local: Teatro do Sesi – Av. Paulista, 1313 – São Paulo – SP
Confira abaixo a programação completa do Seminário Reindustrialização do Brasil: chave para um projeto nacional de desenvolvimento
SEMINÁRIO
Reindustrialização do Brasil: chave para um projeto nacional de desenvolvimento
Este seminário tem por objetivo discutir propostas de políticas para reindustrializar o Brasil e dinamizar a sua economia. O planejamento de médio e longo prazo e um projeto nacional de desenvolvimento precisam ser retomados, destacando a importância da indústria de transformação. Para isso, é necessário remover as principais causas da desindustrialização brasileira, isto é, o câmbio sobrevalorizado e o Custo Brasil (alta carga tributária, juros elevados, infraestrutura deficiente, entre outros). A indústria de transformação tem papel chave num projeto nacional de desenvolvimento, em razão de suas características especiais capazes de dinamizar toda a economia brasileira e elevar a taxa de crescimento do PIB, considerando que: (i) apresenta o maior efeito "multiplicador da produção" (maiores encadeamentos intersetoriais); (ii) tende a apresentar maiores taxas de crescimento da produtividade; (iii) é a principal fonte de inovação e difusão de novas tecnologias, as quais sustentam aumentos de produtividade por toda a economia; (iv) é indutora do investimento produtivo; e (v) permite aliviar pressões no balanço de pagamentos – pois seus produtos são comercializáveis -, dando maior autonomia para o país na condução de suas políticas macroeconômicas e sociais.
Data: 26 de agosto de 2013
Horário: 08:30 às 18:30
Local: Teatro do Sesi – Av. Paulista, 1313 – São Paulo – SP
PROGRAMAÇÃO
08:30 – 09:00: Credenciamento e café de confraternização
09:00 – 09:30: Abertura
- Paulo Skaf, Presidente FIESP/CIESP
- Guido Mantega, Ministro da Fazenda – a confirmar
09:30 – 10:15: 1º Painel – A Reindustrialização no Contexto de um Projeto Nacional de Desenvolvimento
- José Ricardo Roriz Coelho (Diretor Titular do Decomtec/FIESP)
Objetivo:
Um projeto nacional de desenvolvimento deve prever que o país alcance renda per capita e IDH compatíveis com países de renda média num curto período de tempo. Países que atingiram esses indicadores apresentaram altas taxas de investimento e significativa participação da indústria de transformação no PIB. Mesmo países desenvolvidos, como os Estados Unidos, têm promovido estratégias de reindustrialização. No caso brasileiro, é vital combater as principais causas da desindustrialização – isto é, o câmbio sobrevalorizado e o Custo Brasil – e elevar a taxa de investimento produtivo.
- Ricardo Bielschowsky (UFRJ)
Objetivo:
Discutir como as experiências brasileiras de desenvolvimento industrial no passado podem contribuir, atualmente, para a concepção de um novo modelo de desenvolvimento no qual a indústria de transformação seja protagonista.
10:15 – 12:30: 2º Painel – Entraves estruturais e macroeconômicos à competitividade da economia brasileira: impactos na indústria
- Qual política macroeconômica seria viável para favorecer o crescimento e o papel protagonista da indústria no desenvolvimento brasileiro?
- Dado que há consenso quanto à sobrevalorização cambial, como desvalorizar a taxa de câmbio? Haveria um nível de taxa de câmbio de equilíbrio/competitiva?
- Em 2012, a indústria de transformação brasileira representou 13,3% do PIB, mas contribuiu com cerca 1/3 de toda a arrecadação de tributos do país. Desse modo, como reduzir a carga tributária na indústria de transformação?
- O Brasil possui uma das maiores taxas de juros reais do mundo, especialmente se consideradas as taxas para capital de giro. Diante disso, como reduzir a taxa de juros SELIC e os spreads bancários a fim de reduzir os custos dos empréstimos, especialmente de capital de giro?
Moderador:
Luiz Carlos Bresser-Pereira (FGV)
Expositores/debatedores:
Edmar Bacha (IEPE/CDG)
Bernard Appy (LCA)
Luiz Gonzaga Belluzzo (UNICAMP)
Yoshiaki Nakano (FGV-SP)
Monica de Bolle (IEPE/CDG e PUC-RJ)
Sergio Nobre (CUT)
Comentaristas:
José Ricardo Roriz Coelho (Diretor Titular do Decomtec/FIESP)
Paulo Francini (Diretor Titular do Depecon/FIESP)
Júlio Sérgio Gomes de Almeida (UNICAMP)
12:30 – 14:00: Almoço
14:00 – 16:30: 3º Painel – Instrumentos de política industrial e tecnológica para incentivar a reindustrialização do Brasil
- É viável a política de Conteúdo Local (CL) para desenvolver fornecedores nacionais competitivos internacionalmente? É viável expandir a política de Compras Governamentais brasileira para todas as compras públicas? As margens de preferências estão adequadas? O uso da regulação setorial pode ser um instrumento de política industrial mais bem aproveitado no Brasil?
- Existem setores que são dinamizadores/vetores, como o setor de petróleo e gás, químico e infraestrutura, entre outros. É viável incentivar os setores dinamizadores? Como?
- O regime automotivo é a melhor alternativa à competitividade do setor? Políticas como o regime automotivo se encaixam em outros setores/cadeias? Quais?
- A desoneração dos insumos básicos industriais aumentaria a competitividade das principais cadeias produtivas? Essa desoneração é vital? É possível estimular a agregação de valor por meio da tributação?
- As práticas de concorrência estão aquém do necessário? Os oligopólios estão prejudicando a competitividade da indústria brasileira? Em que setores ou segmentos os oligopólios mais se destacam?
- É viável integrar o Brasil nas cadeias produtivas globais? Como? É possível utilizar as tarifas aduaneiras para incentivar a reindustrialização? Qual a estratégia para realizar acordos comerciais?
- No Brasil, os gastos empresariais em P&D representaram 0,55% do PIB em 2010, enquanto nos países desenvolvidos, eles representaram cerca de 2% do PIB. Além disso, a taxa de inovação no Brasil é baixa quando comparada com a dos países desenvolvidos. Como aumentar os investimentos em P&D e inovação no Brasil?
- Em muitas cadeias produtivas, a produção industrial se realiza por meio da simples montagem, pois perdemos ou nunca tivemos os elos-chaves dessas cadeias. É vital (re)industrializar os elos-chaves dessas cadeias? Como?
Moderador:
Mauro Borges Lemos (ABDI)
Expositores/debatedores:
Mário Bernardini (ABIMAQ)
Mansueto de Almeida (IPEA)
Mariano Laplane (CGEE)
Carlos Américo Pacheco (ITA)
Jose Roberto Mendonça de Barros (MB Associados)
Paulo Pereira da Silva (Força Sindical)
Roberto Vermulm (USP)
Heloísa Menezes (MDIC)
Antonio Fernandes dos Santos Neto (CSB)
Comentaristas:
José Ricardo Roriz Coelho (Diretor Titular do Decomtec/FIESP)
Roberto Giannetti da Fonseca (Diretor Titular do Derex/FIESP)
David Kupfer (UFRJ)
16:30 – 16:45: Coffee-break
16:45 – 18:30: 4º Painel – Investimento Privado, Público e Mercado de Capitais no Brasil
- O câmbio atual e o elevado Custo Brasil (alta carga tributária, juros elevados, infraestrutura deficiente, entre outros) são obstáculos ao investimento produtivo?
- O Brasil possui uma baixa taxa de investimento privado e público se comparado aos países que apresentaram taxas de crescimento do PIB elevadas nas últimas décadas, especialmente China, Índia e Coréia do Sul, entre outros. Como destravar os investimentos no Brasil, sobretudo os investimentos públicos?
- O mercado de capitais e o de crédito privado para investimento são fontes importantes para o financiamento produtivo em vários países, enquanto no Brasil eles desempenham um papel secundário Como desenvolver o mercado de capitais e o de crédito privado no Brasil?
- Além dessas fontes e do BNDES, quais alternativas de funding são viáveis?
- É possível aprimorar os financiamentos do BNDES, especialmente aqueles destinados às empresas de menor porte? É viável exigir contrapartidas em empréstimos volumosos? Como?
- É viável utilizar o Compulsório Bancário como forma de alavancar os investimentos na indústria? Como?
Moderador:
José Ricardo Roriz Coelho (Diretor Titular do Decomtec/FIESP)
Expositores/debatedores:
Ernani Torres Filho (UFRJ)
Antônio Corrêa de Lacerda (PUC-SP)
Carlos Umberto Martins (CTB)
Claudio Frischtak (Inter.B Consultoria)
Carlos Antonio Rocca (IBMEC)
Ubiraci Dantas de Oliveira (CGTB)
Comentaristas:
Fernando Sarti (UNICAMP)
João Carlos Ferraz (BNDES)
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