O satélite de pequeno porte Serpens, desenvolvido por estudantes de universidades federais, foi acoplado com sucesso à Estação Espacial Internacional na segunda-feira, 24/8. Ele pegou carona com o foguete japonês H-IIB e entra na fila para ser colocado em órbita, o que deve acontecer em um ou dois meses. É o terceiro nanossatélite do Brasil a chegar ao espaço em um ano.
Em órbita, o pequeno satélite pode captar qualquer tipo de informação, porém, neste início, enviará dados relacionados às condições do clima perto das universidades que integram o consórcio acadêmico. O Serpens – de Sistema Espacial para a Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites – psa 2,6 quilos e é um retângulo de 30 centímetros de altura por 10 x 10 centímetros de lado.
O satélite foi desenvolvido por alunos dos cursos de engenharia aeroespacial das universidades de Brasília (UnB), Federal de Minas Gerais (UFMG), Federal do ABC (UFABC) e Federal de Santa Catarina (UFSC). O Instituto Federal Fluminense (IFF) foi parceiro no processo de instalações das estações de solo. A AEB investiu cerca de R$ 800 mil no projeto.
Antes dele, o primeiro satélite científico nacional foi lançado em junho do ano passado com a missão de testar no espaço o circuito integrado projetado totalmente no Brasil. Ele ainda está em órbita, pode ser acompanhado em tempo real em www.inpe.br/crs/nanosat. O segundo foi o Aesp-14, lançado em fevereiro deste ano – mas que ficou inoperante por uma falha na abertura da antena de transmissão.
Segundo a Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI), o Serpens ficará a 400 quilômetros de altura, distância que permite que o nanossatélite fique no espaço por até seis meses antes de retornar à Terra. Ele deve ser colocado em órbita entre o fim de setembro e início de outubro próximos e vai enviar os dados recebidos via rádio para as estações em solo, localizadas nas universidades.
* Com informações do MCTI e da AEB
Fonte: Convergência Digital
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