O Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores de Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo) inicia, no dia 7 de janeiro de 2016, às 15 horas, a primeira rodada de negociação com o sindicato patronal (Seprosp), para debater a Convenção Coletiva de Trabalho de 2016. A categoria reivindica aumento real no reajuste salarial, além da ampliação dos benefícios consolidados na última Convenção Coletiva e, especialmente, discutir novamente o subsídio de 100% do plano de saúde por parte das empresas.

Durante a assembleia de aprovação da pauta, realizada no dia 12 de dezembro, na sede do Sindicato, o presidente Antonio Neto demonstrou sua confiança nesse novo encontro com o patronal. “Este ano tem causado muita agitação por conta das crises políticas, econômicas e fiscais pelas quais o Brasil está passando. Sabemos que o empresariado utilizará o velho argumento da cautela para barrar nossas propostas. Mas é preciso ter certo que, mesmo diante da crise, o setor de Tecnologia da Informação continua crescendo, aliás, cresceu mais do que todas os demais segmentos econômicos. O Estado de São Paulo continua sendo o mais forte do setor na geração de emprego e renda”, destacou o presidente.

Aprovada pela categoria, a pauta, oficialmente lançada no SindpdFest – encontro que reuniu mais de oito mil pessoas de São Paulo e das regionais espalhadas pelo estado – está alinhada com atual estudo elaborado pela subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) do Sindpd, que apontou que o segmento de TI movimentou em São Paulo mais de 2.700 novos postos de trabalho apenas de janeiro a agosto deste ano. Este cenário favorável corrobora as projeções de crescimento para o setor, que são de 7%, segundo a consultoria IDC. “São dados que dão fôlego para a categoria exigir suas demandas”, explica Neto.

Os trabalhadores de TI do estado de São Paulo iniciam mais uma jornada em busca da ampliação de sua Convenção Coletiva de Trabalho, considerada pelo Dieese uma das quatro melhores do País. Esta CCT já garantiu conquistas históricas para a categoria, como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais em 2011 e, mais recentemente, o pagamento do vale-refeição para todos e a obrigatoriedade de apresentação de proposta de PLR para todas as empresas, independentemente da quantidade de empregados.

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