Certificações em TI – Presidente do Sindpd-SP (Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação de São Paulo) e da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto apresentou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, uma reivindicação em busca de reduzir os gastos dos profissionais de TI com a obtenção de certificações e cursos de tecnologia.
A proposta foi apresentada durante reunião nesta terça-feira (25) e envolve a possibilidade de dedução no Imposto de Renda para despesas com certificação e qualificação profissional. O pleito sugere alteração na Lei nº 11.482, de 2007, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de profissionais no setor, que enfrenta um déficit crescente de mão de obra qualificada no país.
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A estimativa é que, nos próximos anos, a falta de profissionais de TI pode atingir 800 mil vagas não preenchidas. O objetivo da medida é contribuir para o aumento da renda dos trabalhadores, ampliar a oferta de mão de obra qualificada, estimular o investimento privado e valorizar a formação contínua.
“É notório que, em um cenário globalizado, a constante evolução das tecnologias disruptivas – como inteligência artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT) –, impõe a necessidade de atualização contínua dos conhecimentos técnicos”, diz o documento entregue a Haddad.
Isenção na PLR
Participaram da reunião com o ministro representantes das centrais sindicais, que apresentaram demandas referentes à reforma do Imposto de Renda. Um dos principais pedidos é a isenção de IR sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos trabalhadores, defendido pela CSB.
O presidente se comprometeu com a pauta no início do governo, após Antonio Neto chamar sua atenção a respeito da injustiça cobrança durante uma reunião, uma vez que as empresas são isentas de impostos sobre lucros e dividendos.
Atualmente, a legislação isenta valores de PLR até R$ 7.640, aplicando uma tributação progressiva de 7,5% a 27,5% para rendimentos superiores. Os sindicalistas apontam que essa tabela defasada e defendem que a renovação da política tributária seja mais favorável aos trabalhadores.
“Ressaltamos também a importância da inclusão da isenção do IRPF na PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos trabalhadores, que conta com uma tabela tributária, hoje defasada e aquém dos interesses dos trabalhadores que se vêm onerados na participação de lucros e resultados enquanto os patrões são isentos de tributação na distribuição de lucros e dividendos empresariais”, aponta o ofício.
As centrais sindicais esperam que as demandas sejam incluídas nas discussões da reforma tributária em andamento e aguardam um posicionamento do Ministério da Fazenda sobre as propostas.
(Com informações de CNN Brasil)
(Foto: Reprodução/CSB)