No mês que completa um ano do início da crise internacional, iniciada com a quebra do banco americano Lehman Brothers, em setembro de 2008, o Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, anunciou um dado surpreendente: o balanço de empregos com carteira assinada no último mês de agosto.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apresenta a geração de 242,1 mil postos de trabalho formais, no mês de agosto de 2009.
Puxado pelo setor de serviços, com o saldo de 85.568 empregos gerados, o mês de agosto apresentou um saldo recorde e quase o dobro dos 138,4 mil novos empregos contabilizados em julho.
De janeiro a agosto, o resultado líquido do Caged ficou positivo em 680 mil postos, apesar de em janeiro, quando a crise ainda estava em sua fase mais aguda, terem sido fechadas 101,7 mil vagas.
Estes dados confirmam a expectativa de Lupi sobre a geração de 1 milhão de empregos formais ainda no ano de 2009, mostrando a força do país mesmo quando outros países ainda buscam abandonar o período de recessão pós setembro de 2008.
– Isso significa que a gente pode continuar crescendo em setembro. Pode ser muito bom e tudo indica que a gente possa ultrapassar 1 milhão de empregos criados em um único ano em que a gente estava em crise profunda – disse Lula.
Ainda segundo o ministro, o Brasil deve abandonar totalmente até o fim do ano os resquícios da crise internacional, para entrar em 2010 com perspectivas de ser o principal ano de crescimento do governo Lula. “Em 2010 teremos o melhor ano do Governo Lula na Economia e na geração de empregos. O que garante o crescimento econômico é a massa salarial do trabalhador, que é o maior consumidor do país e faz o dinheiro circular. Por isso eu digo que, levando em conta os dados econômicos e o panorama que se apresenta, é possível que tenhamos recorde absoluto de empregos em 2010”, prevê Lupi.
Segundo Lupi, O grande salto do Brasil neste período foi ter acreditado no mercado interno e, também, a importante intervenção do Estado, lidando individualmente com cada setor atingindo. “Os empresários subestimaram a força do mercado interno”, afirmou Lupi. Ele destacou que a indústria automobilística “foi totalmente insensível a esse período (de crise) que o país viveu”.
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