Em palestra proferida na noite desta terça-feira (04) para os alunos de tecnologia da informação da Unimonte de Santos, o presidente do SINDPD, Antonio Neto, afirmou que a regulamentação da profissão de processamento de dados e tecnologia da informação está mais próxima do que nunca.
Neto falou sobre a regulamentação da profissão, sua importância para os profissionais e para o mercado, e um pouco sobre as lutas e a trajetória do SINDPD. “Fizemos um pedido ao presidente Lula para que o Executivo encaminhasse para o Congresso um projeto que regulamente a profissão de tecnologia da informação e crie o Conselho Federal de Informática. Desde 1978 nós tentamos regulamentar no Congresso Nacional a profissão de Tecnologia da Informação. Nunca conseguimos. Muito por pressão do patronato, que não queria. O patronato não quer o trabalhador organizado. O pior é que ele não percebe que trabalhador organizado significa mercado de trabalho forte, empresa forte”, afirmou Neto.
O presidente do SINDPD relatou como foi a longa caminha para tentar aprovar no Congresso a regulamentação. “Depois de muita caminhada pelos corredores do Congresso, descobrimos que não adianta ficar pedindo a deputado, ficar pedindo a senador para que façam a regulamentação da profissão porque criar um conselho federal dos trabalhadores de TI ou os conselhos regionais é prerrogativa do Executivo”, afirmou Neto, ressaltando que “por isso, nós pedimos diretamente ao presidente Lula que encaminhasse um projeto desta natureza para o Congresso, algo que amadureceu e está caminhando muito bem. A regulamentação, antes de ser um sonho, é uma necessidade dos profissionais da área, que precisam de um balizamento mínimo para o seu trabalho, estipulando pisos nacionais, regras mínimas de trabalho e impedindo a ação de empresas predadoras que atuam no mercado”.
Sobre a palestra na Unimonte, Antonio Neto destacou a ótima receptividade e o carinho que “tivemos por parte do coordenador de informática da universidade, meu amigo e professor Gerson Prando, a dedicação e interesse dos alunos que participaram da palestra me chamaram muito a atenção”.
“Foi um momento muito interessante, pois ao mesmo tempo em que tentamos passar um pouco da experiência que acumulamos no decorrer dos anos, pudemos relembrar um pouco da nossa trajetória na luta pelo sonho da regulamentação da profissão, hoje mais próxima do que nunca. Todos sabem que tenho um prazer especial em conversar com a juventude. Sei que a cada geração, ao contrário do que se fala, a nossa juventude está cada vez mais interessada em participar e a interagir com os movimentos sociais e políticos que efetivamente buscam melhorar a situação pela qual passamos”, afirmou.
“Por outro lado, esta oportunidade de conversar francamente com os nossos futuros profissionais, muitos deles já em atuação, é uma chance irrecusável. Na universidade é possível semear o bem, pulverizar a nossa mensagem sem os preconceitos e barreiras impostas pelas empresas, que fazem de tudo para impedir a organização e o fortalecimento do sindicato”, destacou o presidente do SINDPD.
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